quinta-feira, 22 de agosto de 2013

AMEAÇA DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE E USO DE VIOLÊNCIA POLICIAL NA UNESP-ARARAQUARA!!

      Após carta enviada pelo Ministério Público em nome do antigo diretor da Faculdade de Ciências e Letras da UNESP-Araraquara, José Luiz Bizelli, pedindo a reintegração de posse da ocupação que se encontra em frente ao restaurante universitário, começaram as frequentes ameaças de reintegração de posse e repressão policial no campus.

      Em congregação da unidade, realizada no último dia 19, diversos professores manifestaram sua intenção de utilizar a violência policial para retirar os ocupados, porém, após muita negociação, deliberaram por uma congregação extraordinária para discutir as pautas da ocupação com a condição de que se retirasse a ocupação, caso contrário irão utilizar da violência policial para realizar a reintegração de posse.

      Fica claro que a repressão é uma máxima desta estrutura de poder universitária para lidar com o movimento estudantil. A ideologia do “VIGIAR e PUNIR” impera neste espaço universitário!

REItor DITADOR AMEÇA CORTE DE SALÁRIOS DE SERVIDORES. DURO ISSO, DURIGAN!!

Frente aos ataques da REItoria e do governo do Estado de São Paulo, entre eles o falso projeto de cotas do PIMESP (Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista)e o descaso absurdo dado ao programa de Permanência Estudantil da UNESP. Em 17 de Abril de 2013, iniciou-se o movimento de GREVE na UNESP quando os estudantes do campus de Ourinhos deliberaram GREVE. Depois disso, estudantes, servidores técnico-administrativos e servidores docentes entraram na mobilização estadual, fortalecendo a GREVE geral, na qual mais de dezoito campi encontravam-se mobilizados e onze deliberam paralisação das atividades por meio da GREVE.
Nesse processo de mobilização, abrimos negociações com a REItoria em âmbito estadual e negociações com os diretores dos Institutos das unidades universitárias em âmbito local. Negociamos com a pró-REItoria de Extensão (ProEx), a Assessoria Jurídica da universidade e a com a vice-REItora e, na grande maioria dessas negociações, o REItor não estava presente. Pelo fato de colocar a negociação da nossa pauta como um de seus últimos compromissos e ter se ausentado em férias consecutivas, Durigan demonstrou o descaso completo ao movimento das três categorias. Fora isso, quando o REItor julgava pertinente aparecer, deslegitimava as negociações anteriores, tentando fazer com que a negociação caminhasse a seu modo: AUTORITÁRIO e DITATORIAL!
Resistimos e mantivemos nossa postura combativa para fortalecer nossa pauta. Com isso, a REItoria intensificou o processo de repressão ao movimento ao ponto de, junto aos diretores do campus de Rio Claro, solicitar a reintegração de posse do prédio da direção de um dos Institutos e processar, no Ministério Público, quatro estudantes.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

JUSTIFICATIVA À ENCAMPAÇÃO DO PROJETO DE LEI DA FRENTE PRÓ-COTAS


            Como deliberado no III Conselho de Entidades Estudantis da UNESP-FATEC de 2013, realizado no campus de Assis, o Movimento Estudantil da UNESP deliberou por encampar o Projeto de Lei da Frente Pró-Cotas como contraproposta ao PIMESP (Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista) a qual fora encaminhada no último Conselho Universitário (C.O.) do dia 15/08/2013. 
            Antes mesmo do início do C.O., com estudantes e servidores técnico-administrativos já em ato em frente à REItoria, o Projeto de Lei, sua justificativa e o ofício de inclusão de pauta foram protocolados juntos à REItoria. Já no próprio C.O., a votação sobre o tema foi polêmica, sendo que foi apresentado um “pacotão” como proposta que englobava todos os âmbitos, modificando somente o tempo de aplicação do projeto para cinco anos e mantendo a proposta da REItoria (Veja mais informações em nosso boletim; link abaixo). Esta foi colocada em votação e aprovada com quórum qualificado (2/3 do Conselho), sendo que as demais propostas divergentes foram simplesmente excluídas do processo de votação sendo colocadas por um diretor como “democraticamente excluídas”. Mesmo sabendo que seria recusada, os representantes discentes pressionaram para que a proposta do Movimento Estudantil fosse ao menos votada. Deste modo, o REItor, na tentativa de manter sua postura “democrática”, encaminhou a votação das propostas e, como previsto, foram recusadas por esmagadora maioria.

            Para estruturar tal encampação, redigimos uma justificativa para estruturar a decisão do Movimento Estudantil.
Eis aqui, o link do Projeto de Lei da Frente Pró-Cotas encampado pelo Movimento Estudantil da UNESP, o link das deliberações na Ata do CEEUF de Assis, o link do Boletim do DCE sobre o último Conselho Universitário (C.O.) e, no corpo deste post, a justificativa citada acima.


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Justificativa do III Conselho de Entidades Estudantis UNESP-FATEC de 2013:
Encampação do Projeto de Lei da Frente Popular Pró-Cotas e 
da proposta de política de cotas para a UNESP

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Institui o sistema de cotas para negros, índios, alunos oriundos da rede pública de ensino e pessoas com deficiência para ingresso nas universidades públicas e demais instituições de ensino superior mantidas pelo Estado de São Paulo.


ATA DO CONSELHO DE ENTIDADES ESTUDANTIS DA UNESP-FATEC (CEEUF) - ASSIS 2013


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ATA PLENÁRIA FINAL
III Conselho de Entidades da UNESP-FATEC de 2013
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11 de Agosto de 2013 – Domingo – início: 10h30


ENTIDADES PRESENTES:


Centro Acadêmico de Administração Pública “IX de Setembro” - UNESP Araraquara
Centro Acadêmico de Ciências Sociais “Florestan Fernandes” - UNESP Araraquara
Centro Acadêmico de Cultura e Estudos em Letras “Paulo Leminski” - UNESP Araraquara
Centro Acadêmico de Pedagogia “Maurício Tragtenberg” - UNESP Araraquara
Comissão de Moradia provisória - UNESP Araraquara
Centro Acadêmico de Psicologia de Assis - UNESP Assis
Cursinho 1ª Opção - UNESP Assis
Curso de Ciências Biológicas - UNESP Assis
Curso de Engenharia Biotecnológica - UNESP Assis
Curso de História - UNESP Assis
Curso de Letras - UNESP Assis
Moradia Estudantil - UNESP Assis
Centro Acadêmico de Artes da Unesp - UNESP Bauru
Centro Acadêmico de Comunicação “Florestan Fernandes” - UNESP Bauru
Centro Acadêmico de Design - UNESP Bauru
Centro Acadêmico de Psicologia - UNESP Bauru
Diretório Acadêmico “Di Cavalcanti” - UNESP Bauru
Centro Acadêmico de Direito “Professor André Franco Montor” - UNESP Franca
Centro Acadêmico de História “Gabriel Roy” - UNESP Franca
Centro Acadêmico de Relações Internacionais “João Cabral de Melo Neto” - UNESP Franca
Centro Acadêmico de Serviço Social “Rosa Luxemburgo” - UNESP Franca
Comissão de Moradia - UNESP Franca
Diretório Acadêmico “XXI de Setembro” - UNESP Franca
Centro Acadêmico de Filosofia - UNESP Marília
Centro Acadêmico de Relações Internacionais “Diplomata Sérgio Vieira de Mello” - UNESP Marília
Centro Acadêmico de Terapia Ocupacional - UNESP Marília
Comissão de Moradia - UNESP Marília
Curso de pós-graduação em Educação - UNESP Marília
Diretório Acadêmico “Edson Luís” - UNESP Marília
Centro Acadêmico “Aziz Ab’ Saber” - UNESP Ourinhos
Diretório Acadêmico “3 de Maio” - UNESP Presidente Prudente
Centro Acadêmico de Pedagogia - UNESP Rio Claro
Comissão de Moradia - UNESP Rio Claro *
Diretório Acadêmico “Manuel Bandeira” - UNESP São Paulo

* Entidade legitimada em plenária, por contraste visual, contando com duas abstenções.



INFORMES:

1) Em plenária inicial do dia 10/08/2013, após ampla discussão sobre revisão da programação e da própria finalidade do Movimento Estudantil e do CEEUF, deliberou-se a seguinte programação:
- Sábado (10/08/2013):
TARDE – Grupo de discussão sobre o PL da Frente Pró-Cotas;
NOITE – Balanço sobre a mobilização e calendário de lutas.
- Domingo (11/08/2013): TODO O DIA – Plenária Final.

2) Informe dos servidores técnico-administrativos de Marília: há ameaças de repressão aos funcionários que fazem ações mais radicalizadas. O início da greve data de 3 de Junho e, no dia 07 de Agosto, houve piquete dos funcionários. Nesse momento, aguardam posições dos sindicatos e apoio do Movimento Estudantil. Houve a leitura de um balanço promovido pelo SINTUNESP acerca de nossa mobilização estadual.

3) Houve quórum mínimo de entidades e de campi, porém Rio Claro não trouxe delegados de entidades. Proposta: que a plenária vote se haverá reconhecimento de um delegado de Rio Claro não deliberado em assembleia. Por contraste visual (com duas abstenções), Rio Claro foi reconhecido como unidade e entidade. Sendo assim, está legitimado este terceiro CEEUF de 2013.

4) No dia 30/08/2013, haverá um ato unificado das centrais sindicais do Brasil (Dia Nacional de Paralisação).

5) Ato-plenária no dia 15/08/2013 contra a repressão aos movimentos sociais.


PAUTAS:

I. Projeto de Lei 530/2004 da Frente Pró-Cotas.
II. Calendário de Lutas.
III. Organização do Movimento Estudantil: CEEUF e DCE.



ENCAMINHAMENTOS e DELIBERAÇÕES:


I. Projeto de Lei 530/2004 da Frente Pró-Cotas

1) Votação sobre o encampamento do Projeto de Lei 530/2004, como projeto modelo, da Frente Pró-Cotas pelo Movimento Estudantil da UNESP para encaminharmos ao próximo Conselho Universitário (C.O.).
Favoráveis: 31 entidades. Desfavoráveis: 0. Abstenções: 4 entidades.

2) Que seja apresentada uma justificativa do porquê o Movimento Estudantil da UNESP encampa o Projeto de Lei 530/2004 da Frente Pró-Cotas para o próximo Conselho Universitário (C.O.) do dia 15/08/2013.
Favoráveis: 30 entidades. Desfavoráveis: 0. Abstenções: 5 entidades.

3) Justificativa que contenha o histórico de luta, o caráter social com detalhamento da gestão (como paridade nas comissões), e da regulamentação local, enfatizando a necessidade do debate a posteriori.
Favoráveis: 31 entidades. Desfavoráveis: 0. Abstenções: 4 entidades.

4) Comissão responsável pela construção da justificativa do encampamento do Projeto de Lei 530/2004 da Frente Pró-Cotas: Luiz (Araraquara), Priscila (Marília), Veridiana (Araraquara), Dominique (Marília), Paula  (Bauru). Samantha (Bauru) e Camila (Marília).

5) Proposta para ser encaminhada ao Conselho Universitário: Encaminhar este PL para o CO, pressionando para que seja realizado um fórum com a reitoria e representantes das 3 categorias universitárias em conjunto com os movimentos sociais autores do PL, para criar um projeto de cotas específico na UNESP. Caso não seja aprovado o fórum, que o próprio ME o realize.
Favoráveis: 32 entidades. Contrários: 0. Abstenções: 3 entidades.
* Indicativo de data: 14 e 15 de Setembro de 2013.

6) A UNESP encaminhará para as direções locais a responsabilidade de organização, junto aos três setores da comunidade acadêmica, de uma discussão anterior ao Fórum Estadual com a discussão do Projeto de Lei 530/2004 da Frente Pró-Cotas.
Favoráveis: 25 entidades. Desfavoráveis: 0. Abstenções: 10 entidades.
* Indicativo de data: entre os próximos Conselhos Universitários.

7) Que haja, no mínimo, um representante por campi responsável por promover uma campanha de coleta de assinaturas para ratificar o Projeto de Lei 530/2004 da Frente Pró-Cotas. Que seja realizada nas bases, nos fóruns locais e na comunidade além universidade (exemplo: ensino secundarista).
Favoráveis: 33 entidades. Desfavoráveis: 0. Abstenções: 2 entidades.

8) Organizar uma reunião para levarmos os apontamentos críticos aos movimentos sociais que criaram o Projeto de Lei 530/2004.
Favoráveis: 33 entidades. Desfavoráveis: 0. Abstenções: 2 entidades.


II. Calendário de Lutas


9) Agenda de organização de frentes para atuar junto aos movimentos sociais locais. 
- “Semana Contra a Repressão” (discussão de gênero, homofobia, mundo do trabalho e consciência negra): indicativo de data 11, 12, 13 e 14 de Novembro de 2013 para as discussões nas bases.
- “Festival Contra as Repressões em Rio Claro”: indicativo de data 15, 16 e 17 de Novembro.
- Dia Nacional de Lutas (30/08/2013): indicativo de ações unificadas com os movimentos sociais locais no dia 30 de Agosto, somando-se ao Dia Nacional de Lutas.
Favoráveis: 33 entidades. Desfavoráveis: 0. Abstenções: 2 entidades.

10) Campanha financeira para o dia 15 de Agosto, dia do Conselho Universitário, do ato na REItoria e do ato-plenária contra a repressão aos movimentos sociais.
Favoráveis: 33 entidades. Desfavoráveis: 0. Abstenções: 2 entidades.

11) Oficina de cartazes para o ato.
Favoráveis: 33 entidades. Desfavoráveis: 0. Abstenções: 2 entidades.

12) Tirar deste CEEUF uma nova declaração em apoio à luta por isonomia e à greve dos servidores técnicos administrativos.
Favoráveis: 33 entidades. Desfavoráveis: 0. Abstenções: 2 entidades.

13) Ato na reitoria no dia 15/08/2013 com os seguintes eixos:.
- Eixo contra a repressão;
- Eixo estrutura de poder;
- Eixo apoio à mobilização dos funcionários por isonomia;
- Eixo condições de trabalho;
- Eixo “Fora Durigan, Fora Marilza!”;
- Eixo representação discente no C.O..
Favoráveis: 33 entidades. Desfavoráveis: 0. Abstenções: 2 entidades.

14) Produzir uma carta para o Ato-plenária em nome da UNESP, expondo a questão da repressão exercida sobre o Movimento Estudantil.
Favoráveis: 33 entidades. Desfavoráveis: 0. Abstenções: 2 entidades.

15) Indicativo de composição do ato no C.O., paralisação e/ou ocupação das unidades locais no dia 15/08/2013, do Conselho Universitário, para que se faça pressão política.
Favoráveis: 33 entidades. Desfavoráveis: 0. Abstenções: 2 entidades.

16) Indicativo de ato nas linhas telefônicas da REItoria com o objetivo de implodir o sistema de comunicação no dia do C.O., dia 15.
Favoráveis: 33 entidades. Desfavoráveis: 0. Abstenções: 2 entidades.

17) Criação de um novo blog estadual para a mobilização estadual do Movimento Estudantil com o nome “UNESP em Pauta”.
Favoráveis: 33 entidades. Desfavoráveis: 0. Abstenções: 2 entidades.

18) Indicativo de campanha de interação com a sociedade visando o combate a todos os tipos de repressão através da criação de mídias alternativas e aulas públicas.
Favoráveis: 33 entidades. Desfavoráveis: 0. Abstenções: 2 entidades.

19) Criação de um banco de dados que reúna todas as informações (Nome, RA, RG, telefone, e-mail) não só sobre as atividades de mobilização, mas também referente a dados gerais de interesse dos estudantes. Que estas informações sejam repassados por e-mail para todos os estudantes. Favoráveis: 3 entidades. Desfavoráveis: 17 entidades Abstenções: 15 entidades.
* Indicativo: discussão para o próximo CEEUF.

20) Indicativo de introduzir a questão da paridade nas congregações locais e órgãos colegiados. Caso o diálogo não seja satisfatório ao Movimento Estudantil, que seja inclusa a pauta de ocupações das congregações em assembleia estudantil.
Favoráveis: 33 entidades. Desfavoráveis: 0. Abstenções: 2 entidades.

21) Elaborar uma moção de apoio às ocupações da zona sul de São Paulo.
Favoráveis: 33 entidades. Desfavoráveis: 0. Abstenções: 2 entidades.
* Responsáveis: Saldanha (Marília) e Sobrinho (Rio Claro).


III. Organização do Movimento Estudantil: CEEUF e DCE


22) Indicativo de que o próximo Conselho das Entidades Estudantis da UNESP/FATEC (CEEUF) seja no campus de Franca.Favoráveis: 33 entidades. Desfavoráveis: 0. Abstenções: 2 entidades.
* Indicativo de data: dias 27, 28 e 29 de Setembro.


23) Indicativo de pautas para o próximo CEEUF: Discussões remanescentes do III CEEUF de 2013 em Assis, Regimento do próximo CEUF e Legitimidade.
Favoráveis: 33 entidades. Desfavoráveis: 0. Abstenções: 2 entidades.

24) Indicativo de Congresso dos Estudantes da UNESP/FATEC (CEUF) em Araraquara.
Favoráveis: 33 entidades. Desfavoráveis: 0. Abstenções: 2 entidades.
* Indicativo de data: será tirada no próximo CEEUF de Franca.

25) Que as discussões acerca do DCE, de sua natureza, de sua legitimidade, de sua legalidade etc. sejam postergadas para o próximo CEEUF de Franca para que as discussões sejam promovidas com as bases.
Favoráveis: 25 entidades. Desfavoráveis: 0. Abstenções: 10 abstenções.

26) R$ 1200,00 do DCE provisório foi repassado para Assis por conta dos gastos com o CEEUF.
Favoráveis: 33 entidades. Desfavoráveis: 0. Abstenções: 2 entidades.


segunda-feira, 19 de agosto de 2013

DEPOIS DE TRÊS ANOS, A CATEGORIA ESTUDANTIL VOLTA A PARTICIPAR DO CONSELHO UNIVERSITÁRIO (C.O.) DA UNESP. E AGORA?

      Desde 2010, os estudantes da UNESP não participavam de uma reunião do Conselho Universitário (C.O.), órgão máximo de deliberações composto pela REItoria, próREItores, diretores das unidades, representantes eleitos das categorias (até então dos docentes e dos funcionários) e ainda representantes do DIEESE, da FAPESP e da FIESP. Esta nossa participação só foi possível através da nossa organização e mobilização.

      Durante a reunião do C.O., realizamos um ato em frente à REItoria, em conjunto com os servidores, e, mais uma vez, a REItoria recorreu à FORÇA POLICIAL para intimidar a comunidade acadêmica. Os policiais militares e a força tática realizaram uma barreira que impossibilitava a passagem dos manifestantes e da população em frente ao prédio. Apesar disso, o Movimento Estudantil foi convidado a compor o C.O., como acordado em reunião de negociação, com direito a VOZ, mas não a VOTO.

Paridade


      Na primeira pauta que participamos, sobre PARIDADE, a decisão foi que todas as unidades fizessem essa discussão e retornassem um posicionamento ao C.O., e, a partir destas decisões das unidades, o C.O. retomará essa pauta para decidir se adotará o regime paritário seja nos órgãos administrativos, seja nas eleições para cargos administrativos da UNESP. Foram levantados questionamentos sobre qual será a validade das decisões das unidades – já que, houve um caso no qual a paridade foi aprovada em congregação de uma unidade e não foi feito nenhum encaminhamento por parte da diretoria da unidade ao C.O. –, deliberou-se que todas as congregações (sejam abertas, sejam ordinárias), que decidirem sobre a paridade serão respeitadas para a avaliação da adoção do regime. Caso seja aprovada pela maioria das unidades, a paridade deverá ser implementada para TODA a UNESP, o que exige que o Movimento Estudantil defenda com os argumentos a favor da paridade nas unidades para tirar uma posição favorável a ela. Ficou claro que é possível uma mudança independente da Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional, algo que vai contra os argumentos legalistas que são amplamente defendidos pelas unidades e pela REItoria e, mesmo assim, durante o processo de consulta às unidades, será feita uma análise jurídica da mudança estatutária.

Cotas


      Entrando no ponto de pauta sobre as cotas foi colocada a necessidade de se deliberar nesse C.O. sobre esse assunto, já que o prazo para aplicação das cotas nesse vestibular estava acabando. Foi colocado também que o C.O., do mês de abril, já havia deliberado sobre as cotas e necessitavam somente avaliar as estratégias para aplicação do projeto.

      A REItoria apresentou sua proposta que colocava aplicação de 50% das cotas em três anos (I-35%; II-42%, III-50%), ingresso pelo vestibular e 35% do total das cotas para PPIs (Pretos, Pardos e Indígenas).
Após essa apresentação, houve três contrapropostas com relação à proposta da REItoria: (1) Proposta de ampliação do prazo de aplicação das cotas em cinco anos com a escalonagem 1–15%, 2–25%, 3–35%, 4–45% e 5–50%, tendo as cotas aplicação total somente no ano de 2018; (2) Proposta de inclusão por meio do vestibular somente para este vestibular de 2014 e posterior discussão sobre o assunto; (3) Proposta do Movimento Estudantil encampando o projeto de lei da Frente Pró-Cotas raciais do estado de São Paulo que prevê a proporção de reserva de 25% de vagas para Negros e Indígenas, 25% para alunos oriundos de escola pública, sendo metade destes (12,5%) com renda per capita familiar inferior a 1,5 salários mínimos e 5% de reserva de vagas para deficientes físicos.

      A votação sobre o tema foi polêmica, sendo que foi apresentado um “pacotão” como proposta que englobava todos os âmbitos, modificando somente o tempo de aplicação do projeto para cinco anos e mantendo a proposta da REItoria. Esta foi colocada em votação e aprovada com quórum qualificado (2/3 do Conselho), sendo que as demais propostas divergentes foram simplesmente excluídas do processo de votação sendo colocadas por um diretor como “democraticamente excluídas”. Mesmo sabendo que seria recusada, os representantes discentes pressionaram para que a proposta do movimento estudantil fosse ao menos votada. Deste modo, o REItor, na tentativa de manter sua postura “democrática”, encaminhou a votação das propostas e, como previsto, foram recusadas por esmagadora maioria.

Isonomia salarial


      Durante a tarde, deu-se início a discussão sobre a isonomia salarial dos servidores técnico-administrativos e dos docentes. Foi aprovada a concessão de uma nova referência, em Agosto de 2013, a ser paga em Setembro e uma nova referência em Agosto de 2014 (Veja Boletim SINTUNESP – http://bit.ly/16ihryz). Sobre a categoria docente, havia duas propostas: (1) Aumento salarial somente para os professores titulares; (2) Aumento salarial para toda a categoria docente. A proposta (2) foi a aprovada com indicativo de aumento salarial de 3,415% a ser decidido no CRUESP que é o Conselho dos REItores das Universidades Estaduais Paulistas (Veja Boletim ADUNESP – http://bit.ly/14TnhXk).

Comissão Permanente de Permanência Estudantil (CPPE)


      Sobre a criação da Coordenadoria Executiva de Permanência e a Comissão Permanente de Permanência Estudantil (CPPE), a REItoria indicou ao C.O. que a primeira seria formada por um coordenador e dois funcionários com caráter executivo das ações, auxiliada pela CPPE. Sua composição seria: 5 discentes indicados pelo CEEUF (Conselho das Entidades Estudantis UNESP-FATEC), 5 docentes (3 indicados pelo Fórum dos Vice Diretores e 2 pela ADUNESP) e 5 servidores técnico-administrativos (3 assistentes sociais e todos indicados pelo SINTUNESP), sendo que cada categoria deve conter um representante de unidade experimental. Durante o andamento do C.O., foram solicitados explicações e esclarecimentos sobre a coordenadoria, tais como: seu modo de atuação, seu orçamento, a função da CPPE, todavia foram poucos os esclarecimentos obtidos.

      Além disso, questionamos os 15 milhões de reais destinados à coordenadoria que o REItor pronunciou em vídeo oficial (Veja o vídeo em "Comunicado à comunidade da UNESP"). Entretanto, obtivemos como resposta que a REItoria está buscando diversas formas de financiamento, como convênio com o Santander de 2 milhões de reais, editais do governo Federal e verba da própria UNESP para a coordenadoria. Assim, não tivemos uma confirmação exata da origem da verba desta coordenadoria.

Futuras negociações

      
      Pautamos a necessidade de novas reuniões de negociação entre a REItoria, os diretores e a categoria estudantil para encaminhamento das pautas estaduais e locais em aberto. Reiteramos sua importância ao final do Conselho Universitário, tendo como encaminhamento que os estudantes contatem o gabinete para nova negociação.

ATO+Plenária contra a repressão aos movimentos sociais


      Após um longo Conselho Universitário histórico para os estudantes, servidores técnico-administrativos e docentes, ocorreu o ATO+Plenária contra a repressão aos movimentos sociais. Este se iniciou com uma concentração na Praça da Sé, na cidade de São Paulo, com destino à Praça Roosevelt. Durante todo o ato fomos acompanhados e cercados por um número considerável de policiais militares, tendo em vista o contingente de manifestantes. Já na praça Roosevelt, realizamos uma plenária com representantes de movimentos sociais, pautada no repúdio a toda e qualquer forma de repressão. Tal plenária deliberou a criação de um Comitê Estadual Contra a Repressão, ou seja, uma frente unificada de todo o estado de São Paulo para combatê-la, com perspectiva de amplitude nacional. Os interessados em compor esse comitê podem enviar o contato na página do facebook do ATO+Plenária contra a REPRESSÃO (Veja a página: ATO+Plenária).

Indicativo para as bases

    
    Por fim, o DCE provisório HR indica às bases a realização de discussões em reuniões abertas, congregações e conselhos diretores sobre a paridade nos próximos meses, para que o resultado deles seja levado para discussão e deliberação no Conselho Universitário.

      Devemos nos manter mobilizados e articulados com a manutenção de greves e ocupações, de acordo com a realidade local, assim como manter a articulação, visando a construção do próximo Conselho das Entidades Estudantis da UNESP-FATEC (CEEUF), em Franca, para definir os próximos passos do Movimento Estudantil. Finalmente, indicamos a realização de discussões sobre a representatividade, o papel e a legalização da entidade DCE.

A LUTA CONTINUA!!
      DCE "Helenira Resende"

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

ATO-PLENÁRIA Estadual Contra a Repressão! Dia 15 de Agosto!!

Dia 15 de Agosto, com concentração às 17 horas na Catedral da Sé: ATO-PLENÁRIA Estadual Contra a Repressão!!

Abaixo a repressão!

Liberdade imediata aos presos políticos
Fim dos processos contra estudantes e trabalhadores
Fim do genocídio da população negra, dos trabalhadores do campo e indígenas

É urgente um movimento forte e unificado contra a repressão.

É preciso unir forças. Agregar as diversas tendências políticas e movimentos sociais em torno da luta defensiva contra a repressão: o que é preciso defender é o direito elementar de mobilizar pelas reivindicações!

Nas jornadas de junho, a juventude foi às ruas e detonou a maior onda de protestos da história do Brasil e, como resposta, o Estado respondeu da única maneira que conhece: com repressão e mais repressão.

A repressão policial nas periferias e nas manifestações de caráter político são uma constante no país: os casos recentes na Favela da Maré, nos atos do MPL, nos atos contra a copa e na visita do papa apenas atualizam uma infindável lista de exemplos como as ações do governo federal e da Força de Segurança Nacional nas greves das obras de Jirau e Belo Monte, e as realizadas pela PM paulista nas constantes reintegrações de posse em ocupações de moradia, como em Pinheirinho, no início de 2012, e nas intervenções em universidades, como a Unesp, em 2007 e 2013, a USP, em 2007, 2009 e 2011, e a Unifesp , repetidas vezes, desde 2007 até 2012.

O acirramento da crise econômica, porém, reforça o caráter internacional do problema que enfrentamos. Tudo indica que serão necessárias muitas lutas mais. As bombas de gás que estouram no Chile, na Turquia e no Egito são as mesmas que nos reprimem aqui.

Da mesma maneira, a crise impõe um caminho para a juventude: é preciso ligar a luta dos jovens e estudantes aos trabalhadores. Mas, para defender as condições mínimas para uma vida digna, é preciso que nos

organizemos; e ao nos organizarmos – em cada ato de rua, em cada greve, em cada ocupação de universidade, em cada ocupação e greve de fábrica – sofreremos inevitavelmente a força da repressão, das reintegrações de posse, e das polícias.

Organizemos a luta contra a repressão em nossos locais de trabalho e estudo! Construamos uma plenária estadual contra a repressão! Nos articulemos nacionalmente!

Sobretudo: sigamos na luta, continuemos nas ruas!

Ao final do ato, haverá uma plenária, na praça Roosevelt.