segunda-feira, 29 de julho de 2013

INFORME GERAL: CEEUF, ATO-PLENÁRIA CONTRA A REPRESSÃO e CAMPANHA FINANCEIRA

Após a 2ª ocupação da REItoria da UNESP e da covardia da Vice-REItora, enviando a Tropa de Choque da PM em cima dos estudantes, é hora de voltarmos às bases e discutir os rumos do movimento estudantil. Nesse sentido, é necessário nos prepararmos para o próximo CEEUF  (Conselho das Entidades Estudantis da UNESP/FATEC) que ocorrerá em Assis entre os dias 9 e 11 de agosto.
Necessitamos de ampla discussão dos temas nas bases previamente à realização do Conselho, para que possamos encaminhar as ações do Movimento Estudantil de forma qualificada e consistente. Neste Conselho, serão pautados três eixos principais para o nosso movimento:

  1. Proposta de cotas para ser apresentada no Conselho Universitário (C.O.) da UNESP dia 15/08/2013: foi iniciado o debate com outros movimentos sociais que discutem a questão das cotas, como a Frente Pró-cotas Raciais do estado de São Paulo, que tem um Projeto de Lei (PL) construído com diversos movimentos negros para uma política de cotas. Necessitamos discutir as projetos e agregar novas ideias com relação à política de cotas, pois devemos apresentar uma contraproposta ao PIMESP no C.O. dia 15 de Agosto.
  1.  Discussão sobre o Diretório Central de Estudantes (DCE): há um processo em andamento de reativação do DCE para podermos contar com esta ferramenta em nossa luta. Como temos um DCE inativo, no quesito legal, há mais de uma década, há a proposta de reativar o mesmo. Desta proposta foram colocadas várias questões como a necessidade do reconhecimento de um representante por um juiz, a realização de alguns encontros estudantis, entre outras burocracias. Recentemente, surgiu a proposta de fundação de um novo DCE para a UNESP, o que implicaria no arquivamento do antigo e, aparentemente, pouparia tempo e burocracia para o movimento.

  2. Regimento do Congresso dos Estudantes da UNESP/FATEC (CEUF): temos, até o momento, marcado para o mês de setembro um Congresso dos Estudantes da UNESP-FATEC (CEUF). Isto significa que necessitamos criar um REGIMENTO para o Congresso de forma a organizarmos e legitimarmos nosso processo deliberativo. Precisamos disso discutir, nas bases, o regimento de congressos anteriores e formularmos propostas para serem levadas ao CEEUF de Assis.

* * * *

            Ainda quanto às discussões na base, devemos contribuir para a montagem do dossiê de provas para a defesa dos que foram qualificados no B.O. da Polícia da Civil da 2ª DP sobre a ocupação da REItoria. A Comissão de Comunicação, criada após a última plenária dos estudantes da UNESP no Instituto de Artes, já está trabalhando e coletando vídeos, fotos e relatos. Contudo, cada campi deve prover relatos individuais de cada um dos que foram qualificados pela Polícia Civil, enviar todo material existente sobre a ocupação e pedido de reintegração de posse para o e-mail dceheleniraresende@gmail.com.
            Quanto à greve, foi deliberado na Plenária Estadual, ocorrida no Instituto de Artes (I.A.), no dia 18/07/2013, um indicativo de manutenção da greve, pelo menos, até o dia 15/08/2013, já que este dia terá o Conselho Universitário (C.O.) e será de extrema importância mantermos a pressão até o dia da negociação das pautas do movimento!
            Por fim, também em plenária no I.A., em São Paulo no dia 14 de Julho, ficou deliberado em conjunto com diversos outros movimentos sociais a construção de uma Plenária Estadual contra a Repressão a qual houve a primeira reunião no dia 23/05/2013 para iniciar esta construção que deliberou a realização de um ATO-PLENÁRIA. Ele ocorrerá no dia 15 de Agosto de 2013 com concentração à partir das 17h na Catedral da Sé, com destino à praça Roosevelt para a realização da plenária. Vale ressaltar que no mesmo dia (15/08/2013) pela manhã será realizado o Conselho Universitário (C.O.) da UNESP, que decidirá sobre a maioria de nossas pautas. Deste modo, estaremos presentes em ato, às 8h, na REItoria da UNESP juntos aos SINTUNESP e ADUNESP para pressionar o C.O. para conseguirmos vitórias CONCRETAS em nossa luta.
     Também foi deliberado apoio aos companheiros processados da UNIFESP que responderão processo judicial dia 02/08/2013 em Guarulhos, na 4ª vara da Justiça Federal às 13h30, o qual será realizado um ato para fazer pressão política em prol da não repressão de nossos companheiros.
      
            Portanto, a realização de nosso calendário de lutas demanda esforço de nossas bases na discussão e, para além disso, necessitamos de uma intensa CAMPANHA FINANCEIRA para podermos custear nosso transporte e alimentação para tais atos. Dessa forma indicamos que as bases realizem campanhas financeiras intensas para podermos realizar nossa luta da melhor forma.
            Abaixo segue o calendário de lutas completo do Movimento Estudantil da UNESP e calendário provisório do CEEUF em Assis:


Calendário de Luta

  • 02/08/2013: Compor o ATO da UNIFESP contra os processos;
  • 09, 10 e 11 de Agosto de 2013: Conselho das Entidades Estudantis da UNESP/FATEC (CEEUF)  no campus de Assis;
  • Indicativo de manutenção da greve até, pelo menos, dia 15/08/2013;
  • 15/08/2013 (8h): ATO na REItoria, dia do Conselho Universitário (C.O.);
  • 15/08/2013 (17h): concentração para o Ato-Plenária na Praça da Sé, São Paulo, contra a repressão.

            Este momento é crucial em nossa luta companheiros!! Necessitamos de todo esforço para manter nossa mobilização e avançar em nossas pautas por uma universidade e sociedade melhores!!!



A LUTA CONTINUA!!!
DCE “Helenira Resende” 
29 de Julho de 2013

MOÇÃO DE APOIO À OCUPAÇÃO DA REItoria DA UNIVERSIDADE GAMA FILHO – Rio de Janeiro


Desde o dia 11 de Julho de 2013, aproximadamente, 100 estudantes da Universidade Gama Filho estão em ocupação da REItoria na cidade do Rio de Janeiro. O Diretório Central de Estudantes “Helenira Resende” da UNESP/FATEC vem por meio desta moção prestar seu apoio e solidariedade à luta dos estudantes. O prazo para a desocupação do prédio se esgotou na sexta-feira passada, isso implica em potencial reintegração de posse além de toda REPRESSÃO e TRUCULÊNCIA imbuídas no processo. Exigimos respeito à luta e que não haja repressão a esse movimento!!
Sendo o Movimento Estudantil combativo em suas lutas, os estudantes permanecerão em ocupação da REItoria até que suas pautas sejam atendidas! Nosso apoio incondicional à luta que é tanto de vocês, Movimento Estudantil da Universidade Gama Filho, quanto nossa!

Sofremos o mesmo descaso e a mesma precarização, mas não nos calamos perante esse Estado excludente!

FORÇA NA LUTA, COMPANHEIROS!!



A LUTA CONTINUA!!!
DCE “Helenira Resende” 
29 de Julho de 2013

CHAMADO OFICIAL PARA CONSELHO DAS ENTIDADES ESTUDANTIS DA UNESP/FATEC (CEEUF) DOS DIAS 9, 10 E 11 DE AGOSTO DE 2013


O Conselho de Entidades Estudantis da UNESP/FATEC (CEEUF) é o espaço de deliberação unificada dos estudantes por meio da representatividade de suas entidades estudantis (centros acadêmicos, diretórios acadêmicos, conselhos estudantis etc.). É neste espaço que as diretrizes políticas do Movimento Estudantil são delineadas em conjunto, de modo a dar prosseguimento à construção da luta estadual unificada.
O cenário atual de mobilização – greves estudantis, greves de servidores técnico-administrativos, greves de professores, ocupações, repressões, negociações etc. – requer, mais do que nunca, esta articulação.

Este terceiro CEEUF do ano de 2013 ocorrerá nos dias 9, 10 e 11 de Agosto e será na unidade da UNESP de Assis (SP). O eixo temático será o panorama atual de luta, pautando as seguintes questões:
  1. Balanço da Mobilização e Calendário de lutas.
  2. Reativação ou Criação de um novo Diretório Central dos Estudantes (DCE).
  3. Regimento para o próximo Congresso dos Estudantes da UNESP/FATEC (CEUF).
  4. Políticas de inclusão: discussão e criação de contraproposta ao Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista (PIMESP).

Para garantir a legitimidade de nossas deliberações neste próximo CEEUF, a seguir, há a correlação dos documentos necessários ao credenciamento das entidades ou de representantes discentes:
  1. Às entidades regularizadas: ata de posse e estatuto.
  2. Aos cursos/faculdades sem entidades, com entidades irregulares ou em processo eleitoral: ata da assembleia (juntamente à sua lista de presença) na qual foram tirados os representantes para o conselho.
  3. Demais casos: carta de indicação que legitime o representante enviado ao conselho.

RESSALTAMOS O VALOR DESTE ESPAÇO DE ARTICULAÇÃO E CONVOCAMOS TODXS A COMPOR A LUTA!!


A LUTA CONTINUA!!!
DCE “Helenira Resende” 
29 de Julho de 2013

sábado, 27 de julho de 2013

"Afinal, quem são os vândalos?" - E-mail público do professor José Sterza da UNESP-Assis

  Que a reitoria trate os nossos alunos como vândalos pode até ser compreensível. Afinal, o Reitor e a Vice Reitora precisam expurgar seus graves erros de avaliação e de ação política, tentando projetivamente desqualificar e criminalizar as ações daqueles que ainda conseguem se indignar e protestar veementemente diante do estado verdadeiramente deplorável em que se encontra nossa Universidade. Porém, que um docente faça o mesmo é completamente incompreensível, ainda mais um docente que conhece bem as tramas do poder e que, pelo dever do ofício, deveria também conhecer muito bem os usos e abusos de estratégias discursivas que procuram se valer de conhecidos mecanismos psicológicos defensivos para inverter relações causais e transformar poderosos algozes em vítimas fragilizadas expostas à ação de “vândalos”.

  Sejamos honestos e minimamente críticos, tal como deveríamos proceder enquanto professores universitários. A vice-reitora , em seu comunicado, conta sua versão da história e anexa fotos que lhe interessa para convencer, com imagens aparentemente irrefutáveis, os incautos ou igualmente tendenciosos interlocutores. E as outras versões e tantas outras imagens geradas por esses mesmos fatos que não foram divulgadas? E os acordos e promessas descumpridos? E o descaso com o momento crítico da Universidade mediante ausências e viagens do Reitor? E as suspeitas de cumplicidade da Reitoria com interesses eleitorais do governo do Estado que gera seus efeitos nefastos mais visíveis nos pesados ônus de criação de novos Campi, novos Cursos e ampliação de vagas do Curso de Medicina à revelia da comunidade universitária e dos próprios órgãos colegiados praticamente transformados em órgãos de referendo das decisões da reitoria?

  O que é vandalismo, exatamente, ou qual tipo de vandalismo é mais pernicioso? O que é que mais ameaça o patrimônio público e qual é o patrimônio público que se encontra ameaçado ou que está sendo efetivamente dilapidado? Algumas, cadeiras, mesas e outros objetos de mobiliário usados como barricadas contra a polícia (que foram, isto sim, danificados pela ação truculenta da própria polícia) ou a autonomia da Universidade, a liberdade de manifestação, a democracia e outros legados imprescindíveis para a preservação e desenvolvimento do inestimável patrimônio publico científico, educacional, cultural e político duramente construído pelas Universidades públicas? O que é mais devastador e atentatório para a Universidade: alguns móveis danificados e que podem ser repostos no dia seguinte ou o uso da força policial para silenciar manifestantes, calar vozes dissidentes e produzir espetáculos de truculência dentro da Universidade? Quem são os verdadeiros vândalos? Estudantes que ocupam dependências da reitoria e ali permanecem pacificamente exigindo diálogo, negociação e cumprimento de acordos anteriores ou a própria reitoria que chama a polícia para retirar à força e com pancadarias esses estudantes, promovendo, ela sim, uma verdadeira arruaça? Qual é o patrimônio público que está sendo ameaçado? Quem, de fato, está atentado contra o patrimônio intelectual, moral e o político da Universidade? Por que será que deputados da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo chegaram a cogitar a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a lisura das relações da Unesp com o governo do Estado em torno da criação dos novos cursos e Campus? Por que sempre se evoca a proteção do patrimônio físico para se reprimir manifestações políticas? Qual é a preocupação maior dos gestores? Proteger mesas e cadeiras ou proteger autonomia da Universidade? Por que se evoca a proteção do patrimônio físico quando se depreda o patrimônio humano?

  Uma coisa é certa. Ao chamar a polícia para resolver uma contenda com estudantes a reitoria se desqualifica inteiramente e mostra sua incapacidade para lidar democraticamente com conflitos. Acusar os estudantes de vandalismo é simplificar demasiadamente o problema; é procurar retirar a responsabilidade da Reitoria e tratar a comunidade universitária como uma otária capaz de se convencer com versões e imagens extremamente pífias que nem mesmo a saudosa personagem caracterizada como uma pessoa extremamente ingênua, conhecida como “Velhinha de Taubaté”, acreditaria.

  A cabal demonstração de convicções e atitudes antidemocráticas, por parte da Reitoria, não apenas nesses episódios de crise, mas em tantos outros atos marcantes da atual gestão, demanda não o chamado da polícia para desalojá-la do poder e proteger o valioso patrimônio público que é a Universidade, mas, sim, o chamado de um referendo ou plebiscito para que os três segmentos se manifestem claramente e democraticamente sobre a continuidade ou não da atual Reitoria. A mesma comunidade que elegeu deveria ter o direito e a oportunidade de confirmar ou não a continuidade da atual gestão depois desse período onde ela deu boas mostras de como está implementando suas promessas e planos de gestão apresentados em campanha. Por esse caminho, a comunidade universitária estaria mostrando à Reitoria como proceder democraticamente em situações de crise: em vez de cassetetes da polícia, usar as urnas eleitorais. Em vez de tratar manifestantes como vândalos, é mais decente trata-los como eleitores descontentes. Talvez, quem sabe, as urnas possam até mostrar que a maioria pensa como o professor do Departamento de Psicologia Clínica e tantos outros que consideram os manifestantes como delinquentes que querem depredar o patrimônio público e, por isso, merecem o reio da policia patrocinado pela Rei-toria, esta sim, tida como a confiável guardiã dos tesouros da Universidade. Aí, então, teríamos a legítima chibatada democrática clamada e apoiada por uma eventual maioria aquiescente e servil. Caso contrário, o poder seria transferido àqueles que a comunidade considerasse mais confiáveis e capacitados para preservar legados básicos da Universidade, como o da autonomia, liberdade, crítica, diálogo, discussão e tantos outros, sempre mantidos e cultivados em compatíveis climas de confiança, respeito, segurança, tolerância e não de intimidação e coerção.


POR UM AMPLO PLEBISCITO NA UNESP

José Sterza Justo
Docente do Departamento de Psicologia Evolutiva, Social e Escolar. FCL-Assis

Moção de Repúdio à Reintegração de Posse dos estudantes (SINTUNESP)

Moção de repúdio



O Sindicato dos Trabalhadores da Unesp (Sintunesp) repudia veementemente a ação policial de retirada dos estudantes que ocupavam a reitoria da Unesp, fato ocorrido na madrugada desta quarta-feira, dia 17/7/2013.
Em nenhum momento, membros da reitoria dispuseram-se a dialogar com os estudantes durante a ocupação, com o objetivo de buscar soluções para os problemas colocados, todos eles relativos à universidade pública, de qualidade e a serviço da maioria da população, como almeja a comunidade acadêmica. As demandas por permanência estudantil são parte desta universidade que defendemos.
Em lugar do diálogo, a reitoria optou pela ação policial e pela truculência contra os estudantes.
A administração da Universidade deve refletir os anseios e as expectativas de sua comunidade e não se comportar como um corpo estranho e hostil a ela.
O Sintunesp conclama a reitoria ao diálogo democrático com a comunidade. Este é o único caminho possível para a solução dos conflitos instalados e para que a universidade retorne aos trilhos do ensino, da pesquisa e da extensão.



São Paulo, 17 de julho de 2013.

Diretoria do Sintunesp





C/C para:
Reitoria da Unesp
Entidades sindicais e estudantis da Unesp, USP, Unicamp e Centro Paula Souza.

 

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Moção de Repúdio à repressão policial ao Movimento Estudantil da UNESP (Movimento Autogestionário)

                Na madrugada do dia 16/07/2013, terça-feira, cerca de 140 policiais militares (apoiados por um batalhão da polícia de choque) invadiram a Reitoria da Unesp e concretizaram mais um ataque contra a luta do Movimento Estudantil Unespiano por uma universidade pública que corresponda aos interesses populares, contrários aos do capital e do Estado. O Movimento Autogestionário se coloca veemente contra esse ato de criminalização dos movimentos sociais que, desde o cúme das cúpulas burocráticas, no caso representada pela vice-reitora Marilza Rudge, passando pela política do governo do estado de São Paulo que vem sistematicamente privatizando e elitizando o ensino público, até a repressão policial e legitimação pelo poder judiciário na tentativa de intimidar os novos lutadores que surgem no Brasil.
               Desde o início, acompanhamos as notícias sobre a greve dos estudantes da Unesp. Se a luta deles segue adiante com a firmeza e radicalidade demonstradas, é porque muito dos seus anseios ainda não foram alcançados e, assim, somente com a continuidade da luta poderão almejar sua realização.
             Em Goiás, a situação não é diferente: o reitor da UEG, gabando-se de ter sido legitimado numa eleição com mais de 90% dos votos, tem se comportado como um verdadeiro algoz dos grevistas, inclusive incriminando judicialmente dois professores, responsabilizando-os pela greve, visto que o movimento Mobiliza UEG não é institucionalizado como sindicatos e DCEs. O governador Marconi Perillo age como um ditador, perseguindo com fúria os lutadores do movimento da UEG: as agressões policiais se intensificam cada vez mais com estudantes espancados, professores coagidos e a “justiça” proibindo o legítimo direito de greve.
         Dito isto, reiteramos nosso total apoio ao movimento estudantil unespiano e repudiamos veementemente a criminalização e repressão aos que lutam por melhores condições de ensino e por uma universidade acessível a toda a população trabalhadora.

Lutar não é crime!!
Movimento Autogestionário

23 de Julho de 2013

Moção de Repúdio à Reintegração de posse da ocupação na REItoria - ADUNESP


quinta-feira, 25 de julho de 2013

MOÇÃO DE APOIO À OCUPAÇÃO DA REItoria DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS (UNIFAL)

           O Diretório Central de Estudantes “Helenira Resende” vem por meio desta prestar seu apoio e solidariedade à luta dos estudantes da UNIFAL em ocupação da REItoria desde o dia 24 de Julho de 2013.

        Nós, estudantes da UNESP, queremos aqui reforçar o quanto nossas lutas têm em comum, visto que sofremos do mesmo descaso por parte dos governos e REItorias que sucateiam o ensino público e pouco se preocupam com a situação do estudante de baixa renda na universidade. Nós, estudantes do ensino público superior, colocamo-nos contra um mesmo projeto de educação que, dia após dia, sucateia o ensino público e exclui as classes trabalhadoras do mesmo, formando assim a estrutura excludente, elitista, mercantilizada de nossa universidade.

           Hoje, os estudantes da UNIFAL repetem um instrumento histórico de luta estudantil para denunciar a crise no ensino público atual a qual, mesmo em governos diferentes, possui extremas semelhanças. Nossa luta vai ao encontro de garantir a todxs as condições adequadas de se manter na universidade. Como sabido, educação e permanência estudantil são DIREITOS, não privilégios. Sabe-se que o perfil dos ingressantes da UNIFAL vem, progressivamente, alterando-se: há uma maior participação da classe trabalhadora na universidade, conflitando com os interesses do projeto político elitista que a universidade sustenta. O descaso da Universidade Federal de Alfenas chegou a um nível insustentável e que a ocupação é o melhor método para que as pautas do Movimento Estudantil sejam atendidas.

      Nós, em ocupação da REItoria da UNESP, no dia 16 de Julho, demonstramos à sociedade o caos que se alastra por nossa universidade e tivemos como única resposta uma reintegração de posse truculenta realizada pela Tropa de Choque. Esperamos que a REItoria da UNIFAL e o governo federal procedam diferente com os estudantes da mesma, visto que sua pauta é legítima e que precisamos de soluções e não mais repressão!!

        Os estudantes da UNIFAL hoje dão uma lição a todos os lutadores da educação: é somente pela luta que iremos construir um novo projeto de educação, o projeto de educação com condições de acesso e permanência às classes trabalhadoras com políticas inclusivas e de assistência estudantil!!

Avante companheiros, educação é um direito de todos!! 


POR UMA UNIVERSIDADE A SERVIÇO DO POVO!!

EDUCAÇÃO É DIREITO, NÃO PRIVILÉGIO!!

SÓ A LUTA MUDA A VIDA!!

Ô UNIFAL, VÊ SE ME ESCUTA: A SUA LUTA É A NOSSA LUTA!!





 A LUTA CONTINUA!!!
DCE “Helenira Resende” 
25 de Julho de 2013.

NEGOCIAÇÕES NÃO AVANÇAM! REItoria TENTA SE ESCONDER NO VERNIZ DA DEMOCRACIA!

Após nossa segunda ocupação da REItoria, no dia 16 de Julho, reintegração de posse e desocupação do prédio com a ajuda da TROPA DE CHOQUE na madrugada do dia 17, a REItoria da UNESP convocou nova reunião para análise dos últimos acontecimentos, no dia 22/07/2013. Nesta reunião estavam presentes a vice-REItora em exercício da REItoria Marilza Vieira Rudge, o chefe de gabinete da REItoria Roberval Daiton Vieira, uma professora, quatro funcionários de confiança e dez representantes discentes do DCE da UNESP-FATEC.

Nesta reunião tínhamos como assunto principal o pedido de reintegração de posse. Os alunos denunciaram a posição intransigente da REItoria ao iniciar este processo, sendo que queríamos uma negociação que realmente trouxesse soluções para nossas necessidades, uma vez que nem o mínimo nos foi concedido. Em resposta recebemos, primeiramente, um major da PM para negociar com os estudantes e, posteriormente, a Tropa de Choque para retirar-nos de lá de forma truculenta, comprometendo todo o prédio da REItoria com a desculpa de prezar pelo patrimônio público, “público” que não nos permite ocupar aquele espaço!

A vice-REItora demonstrou claramente sua preocupação: preservar a “imagem” da universidade, ignorando o caos e a crise que já existem na mesma, onde os estudantes não têm condições mínimas para permanecerem nesta tão renomada universidade.

Mediante a isto, os estudantes apresentaram uma lista com itens que entendemos ser o mínimo para amortizar a crise em nossa universidade. O primeiro deles foi o Fim dos processos e sindicâncias, a qual pedimos para que a REItoria não levasse adiante as 113 qualificações feitas no 2º DP no Bom Retiro. A vice-reitora colocou que ficaríamos em “observação”, sendo que se nos “comportássemos” retiraria o processos e, posteriormente, afirmou que assim que saíssemos de greve a mesma retiraria as queixas. Deixando clara a “chantagem” para acabarmos com a GREVE, um dos nossos instrumentos de LUTA legítimo! Quanto às sindicâncias a vice-reitoria afirmou que será chamada uma reunião com diretores e vice-diretores para tratar sobre as sindicâncias de Franca e Araraquara, reunião esta que havia sido acordada na primeira ocupação e que seria realizada até o dia 15 de julho, como vemos NÃO OCORREU.

Pedimos também por Casas de Aluguel, Visto que somente 13 dos 25 campi de nossa universidade possui moradia universitária e muitas dessas moradias encontram-se superlotadas. O aluguel de casas pela universidade é apenas uma medida paliativa, enquanto as moradias universitárias não são construídas, visto que há uma emergência em solucionar este problema, especialmente nas unidades de São Vicente e Ourinhos que são unidades experimentais sem condições estruturais mínimas de permanência estudantil.

Nossos outros pontos eram um pedido de reunião com diretores, vice-diretores, a reitoria e representantes discentes (para que possamos identificar com quem poderemos resolver a crise que se alastra por nossa universidade), bolsas de extensão BAAE II com duração de 12 meses (visto que temos alunos que trabalharam por 12 meses e receberam somente 9),pagamento do 10º mês retroativo para todos os bolsistas (pois a REItoria acordou em pagar somente para os estudantes socioeconomicamente carentes e não para todos que trabalharam em seus projetos), reconhecimento de nosso DCE e representantes discentes nos órgãos colegiados, Acessibilidade para Deficientes Físicos e Valorização dos Cursinhos pré-Universitários. 

Esta é uma lista mínima de reinvindicações mediante da crise que passa nossa universidade e a REItoria manteve uma tradição desta instituição: transferir responsabilidades, postergar negociação, não resolver o problema, ou seja, as mesmas repetições FALACIOSAS e BUROCRATAS. Por detrás de seu invólucro democrata, a REItoria continua ignorando os problemas claros que esta instituição de ensino público tem, deixando claro seu posicionamento de uma UNIVERSIDADE PARA POUCOS.

Ao fim de nossa reunião, foi pedido à vice-reitora que assinasse um documento que demonstraria o comprometimento da REItoria com os acordos, porém a mesma negou-se a assinar os acordos e, posteriormente, soltou uma nota oficial modificando totalmente o caráter de nossa negociação e se escondendo atrás de sua postura “democrática”. A reitoria, quando em nota sobre esta nossa reunião fala de sua ansiedade pelo “término das negociações”. Nada além do esperado de uma REItoria que pouco se preocupa com a precária situação de nossa universidade, sendo sua prioridade manter uma imagem distorcida da realidade de nossa educação.

O movimento estudantil da UNESP deixa claro que NÃO ESQUECEMOS e NUNCA PERDOAREMOS a repressão com a qual esta universidade trata seus estudantes, seja colocando demérito em nossa capacidade, seja em sua estrutura de poder excludente, seja quando chama a polícia para negociar nossa pauta legítima de reivindicações. Que cada estudante que se opõe a esse modelo de universidade excludente deixe explícito que a luta é histórica e, por isso, extensa. 

Por fim, não é a incapacidade de poder implementar ou executar as pautas que tem retardado o “término das negociações”, mas sim a FALTA DE VONTADE POLÍTICA POR UMA EDUCAÇÃO PÚBLICA DE QUALIDADE E A SERVIÇO DO POVO.


PEDIMOS EDUCAÇÃO, MAS SÓ VEIO A REPRESSAO!!!
FORA DURIGAN, FORA MARILZA!!!



A Luta Continua!!!

DCE- Helenira Resende 
25 de julho de 2013.


quarta-feira, 24 de julho de 2013

NOTA DE REPÚDIO AO REITOR DA UNESP E AO GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO- UEG

NOTA DE REPÚDIO À REPRESSÃO E À CRIMINALIZAÇÃO AOS ESTUDANTES DA UNESP EM GREVE

              O Movimento Mobiliza UEG, uma auto-organização de professores, alunos e funcionários da Universidade Estadual de Goiás, em greve desde o dia 25 de abril, repudia a ação repressora covarde realizada pela polícia militar do estado de São Paulo na madrugada do último dia 17 de julho contra os estudantes da Universidade Estadual Paulista (UNESP), que ocupavam o prédio da reitoria daquela instituição estadual de educação em protesto contra a falta de políticas estudantis, por melhores condições de ensino e pela sua democratização.

              Por solicitação do reitor da UNESP, Julio Cezar Durigan, e por ordem do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, mais de 200 soldados invadiram a reitoria da instituição na capital paulista e, sob o pretexto de realização da reintegração de posse do imóvel, expulsaram de forma violenta e desproporcional 113 estudantes que ocupavam pacificamente o local. Os estudantes, além de serem expulsos de forma truculenta pela polícia militar, ainda foram detidos e encaminhados à delegacia de polícia. Antes desse ato repressivo, não houve sequer o envio de oficial de justiça com o devido mandato de reintegração de posse, caracterizando, assim, uma ação ilegal do Batalhão de Choque da Polícia Militar paulista.

              O Movimento Mobiliza UEG apoia a ininterrupta luta do movimento estudantil da UNESP por um novo projeto de universidade pública, democrática e verdadeiramente autônoma e também apoiamos a luta pelo atendimento da sua pauta de reivindicações, por permanência estudantil, contra o PIMESP e pela paridade na estrutura de poder da UNESP. Repudiamos a repressão e a criminalização aos movimentos estudantis pelo governo do estado de São Paulo e pela reitoria da UNESP e nos solidarizamos com os estudantes que lutam pela construção de uma universidade verdadeiramente a serviço do povo.


MOVIMENTO MOBILIZA UEG
Goiânia, 23 de Julho de 2013

terça-feira, 23 de julho de 2013

Moção de repúdio às prisões políticas dos jornalistas da Mídia NINJA!!!

         Na madrugada do dia 17, enquanto a reintegração de posse da REItoria estava acontecendo, a Mídia NINJA acompanhou e transmitiu ao vivo o que sucedia, assegurando que a população ficasse sabendo do que acontecia dentro do prédio. Assim, desempenhando um papel fundamental em nossa luta.

           Por volta das 21:00, do dia 22, dois jornalistas do Mídia NINJA foram detidos sob a acusação de estarem incitando à violência com as transmissões do ato no Rio de Janeiro.

            A liberdade de expressão é um direito assegurado pela constituição brasileira e que não deve ser violado. Acreditamos que a informação é um direito de todos, e que as mídias livres e alternativas estão exercendo um papel fundamental na conjuntura atual do país. Além disso, sabemos que o interesse não é meramente jornalístico, e sim com um comprometimento político com a causa.

       Por isso, o Diretório Central dos Estudantes “Helenira Resende” (DCE-HR) da UNESP/FATEC repudia veemente a repressão que o Mídia NINJA está sofrendo, e apoia o coletivo em seu propósito de transmitir, livremente, a luta dos movimentos sociais e da população brasileira.



A Luta Continua!!!


DCE- Helenira Resende

Moção de apoio à greve das trabalhadoras terceirizadas da empresa CENTRO na Unicamp!

          A gestão provisória do Diretório Central dos estudantes da UNESP manifesta total apoio à greve das trabalhadoras terceirizadas da limpadora CENTRO na UNICAMP. A greve que se iniciou na última segunda-feira, 22 de julho, tem como principais pontos de pauta o aumento imediato do salário e da cesta básica, a ampliação do quadro de trabalhadores, mais segurança no trabalho, assim como, o fim do assédio moral, da perseguição e a readmissão de três trabalhadoras que foram demitidas por lutar.

    Nós, que estamos em luta a mais de três meses, reforçamos que uma de nossas bandeiras é a o fim da precarização do trabalho dentro e fora das universidades. Somos pelo fim da terceirização e pela incorporação dos terceirizados ao quadro de trabalhadores efetivos das universidades.




ABAIXO A SEMI-ESCRAVIDÃO DO TRABALHO!

SOMENTE A LUTA UNIFICADA ENTRE TRABALHADORES E ESTUDANTES PODEM TRANSFORMAR A UNIVERSIDADE!



A Luta Continua!!!


DCE- Helenira Resende

segunda-feira, 22 de julho de 2013

PM ENTRA NO CAMPUS, REPRIME, PERSEGUE E COAGE ESTUDANTES POR FALSA DENÚNCIA E HONRA FERIDA!!!

          Na ininterrupta luta por um novo projeto de Universidade, por permanência estudantil, contra o PIMESP e paridade na estrutura de poder, os estudantes da UNESP, no dia 18 de julho de 2013, realizaram um ato contra a repressão em frente da REItoria desta Universidade. Após um ato que durou cerca de 2 horas, com mais de 40 policiais militares na frente do prédio.

       Chegando ao Instituto de Artes da UNESP, na Barra Funda, os estudantes foram surpreendidos por dez viaturas policias, sendo, ao menos, quatro viaturas da força tática! Eles fecharam todas as entradas/saídas do campus, em que somente alguns funcionários estavam autorizados a sair do local. TODOS, estudantes, funcionários e professores foram vítimas do cárcere privado da polícia militar e tudo isso por uma denúncia COMPLETAMENTE infundada. Os oficiais encarregados disseram ter recebido denúncia de invasão por 100 indivíduos do prédio pela direção do Instituto de Física Teórica e que havia risco de depredação do patrimônio. Após tomar ciência dos fatos, a vice-diretora do Instituto de Artes da UNESP explicou que se tratava de um mal entendido.

          Contudo, o comandante da operação alegou que um/a estudante havia ofendido sua equipe e que não deixaria o campus até que ele/a se identificasse e fizesse uma retratação: uma clara tentativa de humilhar essa pessoa e o Movimento Estudantil (M.E.) da UNESP, lembrando que a mesma estaria sujeita a todas as situações humilhantes possíveis.

       É importante ressaltar que o/a estudante proferiu palavras de ordem contra esta instituição repressora do governo, assim como todas as demais palavras de ordem que havíamos proferidos durante o ato na REItoria. O comandante da operação recebeu tais informações de protesto e o/a AMEAÇOU e o/a INTIMIDOU, alegando que a pessoa responderia por desacato à autoridade e apontando uma arma de fogo em sua direção. É vital salientar que a CONIVÊNCIA e a INDIFERENÇA da direção local foram determinantes para tamanha barbaridade.

         A defensoria pública já havia sido contatada pelos estudantes e um advogado já os assista por telefone. Com TRUCULÊNCIA e AGRESSIVIDADE, o comandante da operação colocou “seus homens” alinhados na porta da instituição, bradando que iria entrar em cinco minutos caso ela não se desculpasse pessoalmente. Depois de muita negociação decidiu ignorar a vice-diretora, os estudantes e servidores técnico-administrativos e INVADIU o prédio do Instituto de Artes da UNESP, mais uma vez caracterizando sua postura completamente intransigente.

           Após a entrada, eles vasculharam algumas portas e se dirigiram ao saguão do instituto, onde os estudantes estavam sentados e quietos. Como somos um coletivo coeso e coerente, jamais entregaríamos uma/um companheira/o de luta à ferramenta repressora do Estado. Sentados, todos juntos, aguardamos por todos aqueles homens armados com armas e ódio. Após uma fala que enaltecia a força da polícia e do Estado, procurou no grupo o/a culpado/a por ferir sua honra e seu poder perante sua equipe. O clima no local era de extrema transgressão e de interditos políticos: enquanto os/as estudantes sentados/as no saguão se calavam por este Estado, outros/as estudantes e manifestantes proferiam palavras de ordem atrás dos portões da universidade contra a repressão e o papel da polícia. Impossibilitado de reconhecer o/a estudante, o comandante da operação, para não sair completamente desmoralizado, disse considerar o silêncio um pedido de desculpas, demonstrando que queria SIM identificar e criminalizar essa pessoa e o M.E. da UNESP.

            A polícia militar, CLARAMENTE, está procurando as mínimas razões para criminalizar o M.E. da UNESP. Para isso, utiliza de toda sua intransigência, truculência e desrespeito com a autonomia universitária. Essa postura foi INACEITÁVEL por parte da PM, mas mesmo assim, conseguimos proteger nossos companheiros, e nos mantemos vivos na luta. A administração do Instituto também tem responsabilidade nisso tudo! Essa invasão foi SEM precedentes dentro do prédio do Instituto de Artes da UNESP. Não deixaremos que isso se repita e devemos encontrar quem foi a pessoa que chamou a força policial dentro do Instituto.

          O M.E. da UNESP tem se demonstrado exemplar enquanto unidade de luta, já com algumas conquistas. Não nos calarão, continuamos a luta com toda a força que dispomos e lutaremos contra os TODOS os processos que a REItoria possivelmente abrirá.


NÃO ACEITAMOS ORDENS DA PM! FORA PM DO MUNDO!
A LUTA POR EDUCAÇÃO PÚBLICA, GRATUITA E DE QUALIDADE PARA TODOS NÃO É CASO DE POLÍCIA!
REPUDIAMOS ESSA ATITUDE FASCISTA DE REPRESSÃO AOS ESTUDANTES EM LUTA DA UNESP, POR PARTE DA POLÍCIA MILITAR E ESTADO DE SÃO PAULO!!
EXIGIMOS LIBERDADE E REPEITO!!

A LUTA CONTINUA!

DCE- Helenira Resende

PEDIMOS EDUCAÇÃO, MAS SÓ VEIO A REPRESSÃO!

Na madrugada do dia 17 de julho de 2013, por volta das 6h, após três meses de greves e ocupações em todo estado por melhores condições de ensino, permanência estudantil e democracia na universidade, a REItoria da UNESP, após passar o dia em reunião com policiais à paisana em uma sala dentro do prédio ocupado pelos estudantes, aciona a Polícia Militar e a tropa de choque, num impressionante contingente de mais de 200 soldados e mais de 50 viaturas para expulsar os estudantes do prédio e reestabelecer sua ordem: sem apresentar um mandado, 113 estudantes foram detidos e levados ao 2º DP do Bom Retiro, em São Paulo.
Não houve qualquer tipo de comunicado oficial que a situação exigia. Nenhum oficial de justiça apresentou qualquer mandado de reintegração de posse antecipadamente aos estudantes, da mesma maneira que nenhum tipo de documento foi apresentado no momento da ação truculenta da tropa de choque. Numa demonstração de força e autoridade, os estudantes foram retirados da sala onde estavam ocupados e forçados a se agrupar no saguão de entrada, onde a tropa de choque separou o grupo por gênero, para que fossem carregados à delegacia. Apesar da distinção, não havia nenhuma policial.
Horas mais cedo, por volta da 1h, um major da PM entrou no prédio e passou a se colocar como intermediário para negociação da desocupação do prédio, em tentativa clara de coagir e intimidar os estudantes! É inaceitável esta postura intransigente e covarde que a REItoria adota, que só prova que não há disposição em atender concretamente nossas pautas e o que realmente interessa a estes senhores é conservar a estrutura de poder que mantém a universidade voltada aos interesses da elite, não do povo trabalhador que a sustenta!!!
Diante disso, os estudantes resolveram permanecer no prédio. Estamos em luta e nossos atos são de caráter político! Os estudantes não abaixam a cabeça para as políticas autoritárias da REItoria e do governo do estado!
Para retirar os estudantes do prédio, a tropa de choque, invadindo ilegalmente a ocupação – já que não havia um mandado – e, se utilizando dos mesmos métodos com que aterroriza os movimentos sociais e a população das periferias, estourou portas de vidro e lançaram o mobiliário do saguão na calçada, quebrando alguns deles. Ironicamente, entre as acusações feitas contra os estudantes está a de DANO AO PATRIMÔNIO PÚBLICO! Não aceitaremos qualquer tipo de acusação neste sentido! A REItoria é a responsável direta por todo este episódio e fica evidente a incapacidade de atender direitos e condições básicas!

Durante toda a ação da tropa de choque os estudantes deram exemplo de força e unidade e o mesmo aconteceu na chegada ao DP. Diante de todo o desgaste e das tentativas de intimidação, nossas vozes não cessaram por um minuto sequer! Não conseguirão calar o grito dos estudantes! Não conseguirão criminalizar e barrar a luta pela democratização da universidade!

A LUTA CONTINUA!!
DCE - Helenira Resende

domingo, 21 de julho de 2013

NOTA DE AGRADECIMENTO ÀS MÍDIAS DE LUTA!

Por meio desta, o Diretório Central dos Estudantes “Helenira Resende” (DCE-HR) da UNESP/FATEC, vem agradecer o apoio e a ajuda que as mídias alternativas tem nos dado nesse momento de grande mobilização e luta da UNESP, especificamente nos dias 16 e 17 de julho, durante nossa ocupação da reitoria e reintegração de posse desta.

Agradecemos em especial às mídias que nos acompanharam durante todo esse processo que foram a Brasil de Fato e Mídia Ninja. Reconhecemos que essa assistência midiática politizada está a serviço dos que não se calam, dos oprimidos e do povo que tanto sofre com a repressão institucionalizada que permeia a política deste Estado elitista e fascitoide.

Além disso, sabemos que o interesse não é meramente jornalístico, mas sim de comprometimento político com a causa, haja vista que representantes dessa mesma mídia tornaram-se presos políticos com os estudantes em luta.

O Movimento Estudantil da UNESP agradece todo o apoio e reforça a importância de existir mídias livres e de luta que se contraponham ao monopólio midiático imperialista existente.

Hoje, vocês mídias de luta, é que deram uma aula para esses que não estão ao lado do povo!

A LUTA CONTINUA!!
DCE – Helenira Resende

Chamado aos movimentos sociais: Construir a Plenária Estadual contra a Repressão!

Durante plenária chamada pelo DCE Helenira Resende da UNESP/FATEC, no dia 14 de Julho e composta pelos representantes dos seguintes movimentos: Frente Pró Cotas do Estado de São Paulo, DCE da USP, Fórum de Processados da USP, Fórum de Processados da UNIFESP, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Levante Popular da Juventude e Agentes da Pastoral Negra no Brasil deliberou a realização da Plenária Estadual contra a Repressão aos movimentos sociais.

O DCE Helenira Resende da UNESP/FATEC convoca a todos os movimentos de luta para comporem a organização desta Plenária para que, em conjunto, consigamos denunciar a repressão do Estado para com os movimentos sociais e organize ações contra a repressão que ocorre hoje contra os movimentos políticos com o objetivo de frear aqueles que lutam pela transformação da sociedade.

Deste Modo, convidamos à todos os movimentos a estarem presentes nesta Terça-Feira, dia 23/07/2013, às 19 horas, no Instituto de Artes da UNESP (em frente ao terminal do metrô da Barra Funda), para a reunião de organização de nossa plenária. Aguardamos confirmação de todos os convidados.

PARTICIPEM!!!
SÃO 30 ANOS SEM DITADURA E A REPRESSÃO AINDA CONTINUA!!!
Confirmar presença pelo email: heleniraresende@yahoo.com

A LUTA CONTINUA!!
DCE - HELENIRA RESENDE

sábado, 20 de julho de 2013

Carta de esclarecimento sobre a ocupação da reitoria da UNESP - 16/07/2013

O movimento estudantil da Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho vem por meio desta explicar os motivos pelos quais decidimos pela ocupação da reitoria no dia 16 de julho de 2013.

Diante de um movimento que perdura mais de três meses, o movimento estudantil da UNESP vêm a público denunciar e lutar contra este projeto de universidade que está posto, elucidando a enorme crise que se estende por esta instituição. Totalizamos hoje 10 câmpus em greve estudantil, que são: Ourinhos, Marilia, Assis, Botucatu, Franca, São José do Rio Preto, Bauru, Rio Claro, Araraquara e São Paulo.

A nossa luta defende a valorização da educação pública a fim de construir uma universidade democrática, a serviço do povo e com condições de acesso e permanência para as classes trabalhadoras que historicamente são excluídas deste espaço. Queremos políticas efetivas de permanência e de assistência estudantil, como restaurante universitário, moradia estudantil e bolsas de auxilio socioeconômicas e também por uma política de cotas inclusiva, não à repressão aos movimentos sociais, paridade nas instâncias deliberativas, reajuste e isonomia salarial para funcionários e professores.

Para além dos problemas de estrutura da universidade, os ataques ao movimento estudantil se mostram inaceitáveis. Em curto periodo de mobilização, vemos casos de sindicâncias absurdas. Em Araraquara, seis estudantes foram expulsos da moradia estudantil. Em Franca, 31 foi o número de estudantes que estão em processo de sindicância, por mais de oito meses, por se manifestarem politicamente. Houve também em Rio Claro, recentemente, o caso de reintegraçãoo de posse no campus contra uma ocupação pacífica, em que houve quatro processos judiciais contra estudantes, os quais somente foram cancelados diante de pressão política. Todos estes processos são embasados em provas e argumentos falhos, contestáveis e enviezados que criminalizam o movimento que é legítimo, tendo como única intenção punir aqueles que se manifestam politicamente e coagir a organização do movimento estudantil.

Não menos importante, temos também o ataque do governo do Estado de São de Paulo com o projeto do PIMESP (Programa de Inclusao por Merito no Ensino Superior do Estado de Sao Paulo), o qual impõe uma barreira à verdadeira inclusão nas universidades por meio das cotas. Este projeto impõe um curso semi-presencial de dois anos para a inclusão de alunos cotistas, o que representa um enorme racismo e subestima a capacidade do estudante cotista, além de não oferecer uma real complementação ao conhecimento deste aluno, devido à grade que tem cursos como Gestão de tempo, Empreendedorismo entre outros.

Durante o período de greves e ocupações, a reitoria demonstrou seu caráter intransigente nas negociações. Poucas das nossas pautas foram atendidas e mesmo diante da grave situação em que se encontra nossa universidade, o reitor Júlio César Durigan se ausentou em férias por quinze dias e, na data de hoje, o mesmo entra em férias novamente, deixando claro o descaso e falta de diálogo da reitoria para com o movimento que se instaurou na UNESP por professores, funcionários e estudantes.

Em anterior ocupação da reitoria, no dia 27 de junho, após a negociação com a vice-reitora em exercício da reitoria Marilza Vieira Cunha Rudge, o movimento entendeu que tivemos poucos avanços nas pautas. A maioria delas foram somente encaminhadas à outras instâncias, nas quais não possuímos participação igualitária.

Alem disso, foi necessária uma nova reunião no dia 12 de julho, com a presença do reitor, para que esses acordos fossem reafirmados. O que deixou claro, mais uma vez, a postura da reitoria de postergar as negociações e deliberações.

Nossa luta não se pauta em privilégios, mas sim por direitos que deveriam ser garantidos pela universidade permitindo um ensino público acessível e de qualidade. As pautas do movimento estudantil são históricas, o que indica problemas que historicamente são herdados. O que demonstra a necessidade da luta por meio de ações diretas como greves, ocupações, manifestações, dentre outros. Logo, esses são métodos legítimos de luta dos movimentos sociais.

A reitoria continua se mostrando negligente frente aos problemas que afetam a comunidade acadêmica. Nós não desocuparemos o prédio enquanto nossas pautas não forem atendidas, portanto, exigimos da reitoria ações objetivas e imediatas. Para isso, as atividades na reitoria estão suspensas durante o período de ocupação.

Convocamos todos os alunos e outros movimentos sociais, que se solidarizam às nossas pautas, a compor o nosso movimento de ocupação.

Nossa luta é legitima e não aceitaremos migalhas!

A Luta Continua!!!
DCE - Helenira Resende

terça-feira, 16 de julho de 2013

Reitoria: ocupada!!!

Reitoria da UNESP ocupada pelxs estudantes conforme deliberado pela Plenaria do DCE este fim de semana com a presença de 9 campi!!!! em breve, mais infos!!!! Permanencia, cotas, democracia!!!!