terça-feira, 21 de maio de 2013

Comunicado da Comissão Estadual de Mobilização da UNESP sobre a negociação com a Reitoria


A Comissão Estadual de Mobilização da UNESP, formada por representantes eleitos em assembleias em cada unidade, vem através dessa nota esclarecer a comunidade acadêmica e a todos os setores da sociedade que a Reitoria da UNESP descumpriu o que havia sido decidido na última reunião de negociação. O comprometimento da Reitoria era de realizar uma reunião de negociação presencial, garantindo as passagens dos representantes eleitos por cada unidade. 

Ontem, pela manhã, recebemos o seguinte email:

“Bom dia!
Conforme combinado, estou enviando confirmação para a reunião, na quinta-feira (23/05/13), a partir das 15 h. A Profª Marilza sugere a reunião por videoconferência, o que reduz as depesas para vocês. Serão dois representantes por Unidade e um deles deve atender a um dos critérios abaixo:

- recebe ajuda da universidade por ser aluno carente (moradia e/ou bolsa);
- bolsista do PIBIC/CNPq;
- bolsista da FAPESP de IC;
- aluno com bolsa de projetos de extensão da Unesp;
- aluno que trabalha o dia todo e estuda;
- usa a creche da universidade para seu(s) filho(s).

Até quarta-feira todos os nomes deverão ser enviados ao Gabinete, indicando qual aluno atende um dos itens listados.
Atenciosamente,

Roberval Daiton Veira
Chefe de Gabinete”

Algumas horas depois, recebemos novo email: 

“Com referência à reunião marcada para a próxima quinta-feira, dia 23/05/13, venho informar que a reunião será *presencial*, na sala do Conselho Universitário desta reitoria, no 11º andar. Encareço que os nomes sejam enviados com a possível brevidade, a fim de facilitar a preparação da reunião.
Atenciosamente,

Roberval Daiton Vieira
Chefe de Gabinete”

Como se pode ver, a segunda comunicação do Chefe de Gabinete mantêm a reunião presencial, mas não deixa claro se ainda quer impor seus critérios sobre quem devem ser os representantes do movimento.

Não contentes, algumas horas depois da segunda mensagem de email, o Chefe de Gabinete da reitoria ligou para um membro do comando estadual de mobilização dizendo que caso a reunião de negociação fosse quinta, a reitoria não poderia avançar em nada além do que já havia sido discutido na última reunião dia 17/05, e propondo que a reunião passasse para os dias 28 ou 29/05 para que o reitor voltasse de férias e participasse da negociação. 

Com essa postura, a reitoria não está só rompendo o que havia sido acordado na última reunião, mas tenta claramente confundir o movimento estudantil. Essa atitude é também uma política da reitoria de enrolar a negociação, como já se expressou na última reunião, que não foi uma negociação de fato, na qual os representantes da reitoria somente escutaram nossa pauta como se não as conhecessem. Dessa maneira, a Reitoria e o governo de São Paulo mostram, mais uma vez, seu caráter autoritário e de não diálogo com os discentes da Universidade. A Comissão Estadual de Mobilização exige que a Reitoria negocie nas condições anteriormente discutidas e, caso queira romper o acordo, que solte imediatamente uma nota pública esclarecendo sua posição sobre as negociações para que os estudantes possam deliberar a respeito. Um reitor que sai de férias em meio a uma das maiores crises que já teve essa universidade, lavando as mãos e sendo indiferente aos nossos problemas mais sentidos, mostra muito a política intransigente da reitoria. Se está minimamente preocupado com a situação das centenas de estudantes que estão abandonando seus cursos porque faltam condições mínimas de sobrevivência, que interrompa imediatamente suas férias para participar da negociação de quinta!

Apesar de vários dos representantes da comissão de negociação já cumprirem os critérios exigidos pela reitoria no primeiro email, reforçamos que nosso movimento toma suas decisões apoiado nas deliberações das assembléias de base e que essas são soberanas sobre os critérios utilizados para definir nossos representantes.

Convidamos os professores e técnico-administrativos que também enfrentam a postura autoritária da reitoria ao lutar por suas demandas a manifestar seu apoio a abertura imediata de negociações democráticas! Unifiquemos nossa luta contra o governo e a reitoria! 

A Comissão Estadual de Mobilização exige que a Reitoria negocie nas condições anteriormente discutidas. Isso significa que o reitor deve estar presente na reunião e com propostas concretas em relação à nossa pauta, ou a vice-reitoria com as mesmas propostas. Não aceitamos uma nova reunião de enrolação como a última.

Orientamos as Assembleias locais, que serão realizadas no início dessa semana, a discutir o indicativo de greve e/ou ocupações das diretorias na próxima Quinta, 23/05. 

Todo apoio a Greve da UNESP!

Negociação de verdade já! Queremos uma reunião presencial e com os representantes escolhidos democraticamente pelo Movimento estudantil!O governador Geraldo Alckmin também tem a obrigação de se posicionar sobre nossas pautas e a negociação!

É hora de avançar na Mobilização! Greve geral e ocupações!

Um comentário :

  1. Sugestão : Coloquem o texto em preto com um fundo branco, facilita a visualização e entendimento de tal.

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