A gestão provisória do
Diretório Central de Estudantes “Helenira Resende” da UNESP-FATEC, vêm por meio
deste declarar seu apoio às lutas dos companheiros estudantes e servidores
técnico-administrativos da USP em ocupação da REItoria e GREVE GERAL declarada
pelos estudantes.
Nós, do movimento estudantil da UNESP, vivenciamos neste
ano de 2013 cerca de quatro meses de greves e ocupações nas diversas unidades
espalhadas pelo estado como Araraquara, Assis, Bauru, Botucatu, Franca,
Marília, Ourinhos, Rio Claro, Rio Preto, São Paulo, São Vicente. Vivenciamos
também, duas ocupações da REItoria da UNESP no centro de São Paulo, no
Anhangabaú, em menos de um mês. Contudo, em nossa segunda ocupação houve um
processo brutal e ilegal de reintegração de posse do prédio, tendo hoje a UNESP
um grupo de 113 estudantes processados judicialmente por um processo ilegal!
Toda esta luta muito havia em comum com a dos
companheiros da USP no dia de hoje. A classe estudantil, em todas as suas
demandas, não têm voz nos rumos políticos da universidade, assim todas as
nossas lutas acabavam por perpassar o tema da Estrutura de Poder que se
encontra na universidades públicas e, em especial, nas estaduais paulistas.
Nossa voz e nossos argumentos são calados e massacrados pela Estrutura de Poder
que existe nas universidades públicas, que criminalizam os movimentos sociais
dentro da universidade e se esconde atrás do verniz da democracia, dando
migalhas às nossas lutas.
Na UNESP a estrutura de poder se apresenta na
proporcionalidade ditada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei
9394-96), que destina 70% de todo o poder de decisão dos rumos da universidade
na mão de poucos professores, enquanto estudantes e servidores
técnico-administrativos possuem 15% do poder de decisão para cada categoria.
Esta hierarquia feudal que existe na universidade somente elucida o jogo de
interesses que se insere neste espaço: os projetos de privatização com
precarização da universidade pública pelos governos estaduais e federais, além
da manutenção de seu caráter elitista e excludente!
O caso da USP não é diferente e o problema aparenta ser
ainda mais profundo. A aristocracia feudal das universidades se constituíram de
forma antidemocrática e continuam a responder à lutas populares da mesma forma,
como as decisões de portas fechadas e o medo de levar o debate de forma ampla
para a comunidade acadêmica.
Uma de nossas vitórias no movimento de greve e ocupação
da UNESP foi a deliberação de que todas as mais de trinta unidades deverão
discutir e posicionar-se com relação à estrutura de poder da universidade para
a modificação do sistema do 70-15-15 a partir disto. Nossa luta se encaminha e
estamos atentos às possíveis manobras de governos, REItoria, direções e outras
instâncias da universidade que somente servem de verniz para que o governo e os
interesses de instituições privadas continuem se proliferando na universidade.
Declaramos, portanto, todo nosso apoio às lutas dos
companheiros da USP e chamamos as entidades compostas no fórum das 6 e demais
sindicatos e movimentos sociais ao apoio à luta dos companheiros!
E Rodas deixamos nosso recado que já ecoa por toda
a UNESP: SE NÃO PODE COM A FORMIGA NÃO ATIÇA O FORMIGUEIRO!!
AVANTE
COMPANHEIROS!!
QUEREMOS
DEMOCRACIA DE VERDADE!! ABAIXO À ESTRUTURA DE PODER DA UNIVERSIDADE!!
FORA
DURIGAN! FORA RODAS! FORA ARISTOCRACIA ACADÊMICA!! UNIVERSIDADES À SERVIÇO DA
CLASSE TRABALHADORA JÁ!!
A LUTA CONTINUA!!
DCE "Helenira Resede" - 03 de Outubro de 2013
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