segunda-feira, 10 de junho de 2013

BOLETIM CONJUNTO
SINTUNESP – ADUNESP – CEEUF (08/06/2013)


Em longa negociação, reitoria e entidades discutem
os seis pontos da pauta conjunta

Entidades mantém indicativo de 

greve e remetem avaliação às 

assembleias



A negociação conjunta entre as entidades representativas (Sintunesp, Adunesp e Conselho de Entidades Estudantis Unesp/FATEC – CEEUF) e a reitoria da Unesp, na sexta-feira, 7/6, durou sete horas. Pela reitoria, estavam presentes o reitor Julio Cezar Durigan, os pró-reitores Laurence Duarte Colvara (Graduação) e Mariângela Spotti Lopes Fujita (Extensão Universitária), além de outros assessores. Pelo movimento, participaram 6 representantes do Sintunesp, 4 da Adunesp e 10 estudantes.
As entidades expuseram as razões que levaram à greve (naquele momento, servidores parados em 13 campi, estudantes em nove e professores em três, além de paralisações parciais dos três segmentos em vários outroscampi) e detalharam os seis pontos que compõem a pauta conjunta.




A seguir, acompanhe os as discussões e encaminhamentos de cada ponto:

Permanência estudantil
Foi definida a criação de uma comissão permanente e paritária para estabelecer diretrizes e estratégias de padronização para a permanência estudantil (moradia, RU, bolsas etc).
No 11/6, uma comissão de 10 estudantes vai se reunir com a pró-reitora de Extensão Universitária para debater pontos emergenciais. “Há a possibilidade de fazermos remanejamento de recursos do PDI para atender reivindicações imediatas”, afirmou a professora Mariângela.
Também ficou definida uma reunião (ainda sem data) com a Assessoria Jurídica da Unesp para tratar do registro e regularização do DCE, bem como das sindicâncias contra estudantes.

Pimesp
Os representantes das entidades reafirmaram posição contrária aoPrograma de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista (Pimesp), por considerá-lo excludente e absolutamente insuficiente. Os estudantes informaram que estão discutindo o assunto no âmbito do CEEUF e que apresentarão uma proposta alternativa ao Pimesp.
O reitor afirmou que o Conselho Universitário (CO) aprovou apenas que a Unesp fará a inclusão. “Como isso será feito ainda é uma questão em aberto”, disse. Segundo ele, há a disposição em prosseguir com as discussões sobre o assunto.

Paridade entre os três segmentos nos órgãos colegiados da Universidade
O reitor concordou em retirar da pauta da próxima reunião do CO, em 27/6, o tema da paridade. A reitoria indicará às unidades que façam ciclos de debates e que discutam o assunto nas congregações locais. Somente depois disso a questão voltará ao CO.

Reajuste salarial de 11% para servidores técnico-administrativos e docentes
Durigan reafirmou que o reajuste de 5,39% é o limite a que o Cruesp dispõe-se a chegar. No entanto, caso a arrecadação do ICMS seja positiva, há a possibilidade de nova negociação em setembro ou outubro. Neste caso, o compromisso do reitor da Unesp é defender junto aos outros reitores a concessão de um índice adicional no segundo semestre, que poderia chegar a 2%.
O reitor explicou que a reserva orçamentária da Unesp para 2013 (o que pode ser efetivamente gasto) é de R$ 200 milhões, mas que a reserva orçamentária (o que existe de fato) é de R$ 480 milhões. Para aumentar a margem de gasto, é preciso alterar a previsão orçamentária.

Isonomia de pisos e benefícios
Em relação à reivindicação de isonomia dos pisos dos servidores com os da USP, o reitor concordou em abrir a discussão. Serão feitas reuniões periódicas entre Sintunesp e reitoria para levantar os custos que a Universidade teria com a equiparação integral. Feito o levantamento, o reitor prometeu “empenho” para que a equiparação seja aplicada em três anos (2014/2016). Na primeira semana de julho, Sintunesp e reitoria terão uma negociação específica, onde será iniciada a discussão sobre a equiparação e tratados os demais pontos da pauta específica do segmento, inclusive a isonomia de benefícios.
Também acontecerá no início de julho uma negociação específica entre Adunesp e reitoria, para tratar da isonomia de salários e benefícios, SPPrev e avaliação docente.

Não à repressão aos movimentos sociais
            Este item ficou contemplado no primeiro ponto. As sindicâncias contra estudantes serão discutidas entre a comissão de estudantes e a AJ da Universidade.

Nova reunião conjunta
            Após realizadas as reuniões em separado, será agendada nova reunião conjunta entre as entidades e a reitoria, para avaliar o andamento das negociações.

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Indicativos às bases: Manutenção da greve

 e assembleias para avaliar a negociação

 até 12/6
                                        
Terminada a negociação com a reitoria, representantes das entidades reuniram-se para uma avaliação preliminar e definição de indicativos. A realização da negociação e a discussão exaustiva dos pontos foram considerados pontos positivos por todos, fruto da mobilização e da força da greve. Até então, não havia nenhuma abertura da reitoria para negociar as reivindicações do movimento.    
A orientação das entidades às bases é de manutenção da greve erealização de assembleias, até 12/6, para avaliar os resultados da negociação e apontar os próximos passos da luta.
Para 11/6, definido pelo Fórum das Seis como dia de paralisação e manifestações por universidade, a orientação do Sintunesp, Adunesp e CEEUF é de realização de atividades, atos e manifestações locais, nas unidades.
Na quinta-feira, dia 13/6, os três segmentos voltam a se reunir (logo após a reunião do Fórum das Seis) para avaliar os resultados das assembleias de base e definir novos indicativos.




SEM ORGANIZAÇÃO, NÃO TEM LUTA!
SEM LUTA, NÃO TEM CONQUISTA!

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