domingo, 2 de junho de 2013

Pauta de Reivindicações dos Estudantes da FCT-UNESP/P. Prudente

Carta aberta ao Diretor, Vice-Diretor, Chefes de Departamentos, Professores Coordenadores de Curso e afins. 

Reunimos neste documento as pautas de reivindicação dos estudantes da FCT-Unesp como um todo, levantadas durante a Paralisação dos Discentes no dia 07/05/2013 e também das pautas levantadas em reuniões/assembleias de curso.

Reivindicações Gerais dos Estudantes para o Campus:

Bolsas: Carência de bolsa; Permanência Estudantil; Maior período de Bolsa (12 meses); Aumento do valor da bolsa (discutir salário mínimo).
Moradia: Aumento do número de vagas; Construção de blocos; Melhora na estrutura da moradia.

Biblioteca: Ampliação do espaço físico da biblioteca; Aumento do numero de livros já existentes; Aumento do numero de títulos de livros; Extinção da multa da biblioteca para livros em atraso e implementação de uma política de suspensão da possibilidade de pegar livros por um período semelhante ao dos atrasos.

Repudio ao Programa do PIMESP.

Questão “Jopanas” e pagamento de multas. Esclarecimento e transparência do destino do dinheiro da multa.

Representação discente em todos os espaços de deliberação da unidade.

Inserir em todas as grades curriculares dos cursos de licenciatura disciplinas com caráter inclusivo, como Libras e Braile.

Abertura do campus para a comunidade, livre acesso para toda a população.

Contratação de funcionários concursados de Segurança para o campus.

Revitalização do “laguinho” para que possa ser usado como espaço da universidade por todos.

Reiteração da acessibilidade para bicicletas no campus, assim como aumentar o número de bicicletários disponíveis. 

Alunos de pós-graduação ministrando aulas no lugar dos professores

Falta de consulta e transparência aos alunos quanto às mudanças das grades curriculares dos cursos. 

Falta de estrutura dos discentes de aulas e laboratórios. 

Falta de apoio aos estudantes que tem interesse em participar de atos, reuniões e encontros quando estes dizem respeito às reivindicações estudantis. 

R.U: Contratação de funcionários concursados; Funcionamento também no período noturno; Aumento na quantidade de refeições; Redução do valor da refeição.

Maior verba de incentivo para a pesquisa e também para a organização do CIC (Congresso de Iniciação Cientifica), além de apoio especializado;

Abaixo, seguem as cartas de reivindicações dos cursos levando em consideração suas particularidades:

PEDAGOGIA

PS 1: Pauta sujeita a alterações mediante manifestação dos demais estudantes.

PAUTAS DO CURSO 

Ministração das Aulas: alunos de pós graduação dando aula no lugar de professores há mais de um mês sem que a situação seja regularizada.

Estágios: demasiada burocracia, e atribuições referentes ao estágio obrigatório sem a consulta dos alunos e sem determinações do que é para ser feito no estágio; demora nos documentos, aula específica para estágio para orientação. (Não existe no terceiro ano, e no quarto ano a professora utiliza aulas de outros professores.) 

Demora na contratação de professor temporário; 

Grade Curricular: falta de disciplina específica de epistemologia no currículo, metologias sem embasamento epistemológico; 

O C.A. solicita uma reavaliação da grade curricular com fiscalização dos membros discentes;

Falta de opções nas disciplinas optativas ( lotação de sala de aula por conta da pouca demanda de disciplinas optativas. Além disso, disciplinas de outros cursos não são consideradas como disciplinas optativas para o curso de pedagogia.) ;

Estruturação e modernização do discente V: não há ar condicionado, multimídias que não funcionam, laboratório da pedagogia sem outro uso que não seja aula;

Reestruturação do NÚCLEO MORUMBI ( Aparato físico mínimo para se ter aulas )
Implantação de uma lombo faixa de pedestres em frente à entrada da universidade; 

Trabalhos de campo foram suprimidos: é necessário o contato real com assentamentos, aldeias indígenas, presídios, associações de educação inclusiva, Ong’s, museus, espaços não escolares em geral que possuam ações educativas; 

Falta de divulgação de eventos acadêmicos; 

Reivindicamos a liberação de eventos culturais dentro do Campus; 

FISIOTERAPIA

PAUTAS LEVANTADAS POR GRADUANDOS:

Reestruturação do discente III: Laboratório de anatomia extremamente quente; banheiros muitas vezes sem os itens mínimos de higiene; ausência ou demora na manutenção de multimídias usadas em sala de aula; reestruturação do Núcleo Morumbi.

Transporte para os estagiários do PSF Morada do Sol, pois a van utilizada pertence ao curso de geografia e a gasolina é por conta dos alunos, além da quantidade de lugares que às vezes é insuficiente;

Maior verba de incentivo para a pesquisa e também para a organização do CIC (Congresso de Iniciação Cientifica), além de apoio especializado;

Instalação de faixa de travessia de pedestres na Roberto Simonsen, em frente da entrada da Universidade.

PAUTA LEVANTADA POR ALUNOS DE ESPECIALIZAÇÃO, RESIDÊNCIA E MESTRADO:

Falta de carteirinha da Unesp para os especializando, mestrandos e residentes.

ARQUITETURA E URBANISMO

Prezados,

Durante os dias 06 e 07 de maio de 2013, nós, estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo, motivados pelo contexto de mobilização nas Unesp, realizamos reuniões, na qual alunos de diversos anos debateram os problemas que afetam o curso e os demais estudantes da FCT, chegando á um consenso.

Nós reiteramos o apoio às reivindicações definidas na Assembleia Geral dos Estudantes realizada no dia 29 de abril de 2013, por considera-las justas, e, por muitas delas afetarem diretamente ou indiretamente o curso. 

Identificamos, também, outros problemas que devem ser discutidos e solucionados em conjunto com a coordenação do curso e chefia do departamento, são eles:
A falta de estrutura e de um discente para a arquitetura.

Após dez anos de curso, ainda não possuímos os locais adequados para as aulas de projeto que necessitam de recursos audiovisuais além de pranchetas para desenhos, a sala “adaptada” existente não possui o número de pranchetas e cadeiras adequadas, tendo recursos incipientes para a execução das aulas. A maquetaria não possui os materiais necessários para execução dos trabalhos práticos das disciplinas e por vezes é utilizada para aulas, além da sequente perda de espaço para a construção de novos laboratórios de pesquisas, As pranchetas da sala de desenho encontram-se sucateadas e a referida sala tem problemas de infiltração de água de chuva. Além da evidente falta de espaços para equipamentos utilizados nas disciplinas técnicas. A possível solução para tais problemas seria a construção do discente VII que, mais uma vez, foi protelada pela reitoria.
Falta de acessibilidade no campus.

A universidade, especialmente uma de caráter público como a FCT-Unesp,  deve fomentar a democracia, os direitos humanos universais e acima de tudo estimular o senso crítico, é imprescindível que a mesma possibilite o livre acesso a todos independente de suas condições físicas, sejam eles docentes, discentes ou até mesmo a própria comunidade. E infelizmente notamos a carência de uma estrutura adequada que promova acessibilidade. 
No curso de Arquitetura e Urbanismo há graduandos com necessidades especiais que não possuem condições de acesso a alguns equipamentos necessários à formação acadêmica. Dois exemplos desse problema são o discente I e a maquetaria que são essenciais para o curso, mas não são acessíveis.

Com essa situação cria-se constrangimento por parte daqueles que apresentam alguma deficiência física e revolta por parte daqueles que há muito pedem por mudanças no campus. 

Problemas relacionados à falta de professores.

O curso de arquitetura apresenta um número muito reduzido de docentes comparado à quantidade de alunos e atividades acadêmicas. Algo que acarreta em deficiências no ensino, como o atraso nas disciplinas pela falta contratação de professores, sobrecarregando os existentes, fazendo com que muitas vezes eles lecionem disciplinas que não pertencem à sua área específica, dando as aulas simplesmente para cumprir a grade. Nos sentimos desrespeitados ao implantarem cortes de verbas que seriam destinadas às novas contratações que necessitamos. Isso faz com que algumas salas percam carga horária de aulas, pois tamanha burocracia retarda a chegada de professores e, consequentemente, o inicio das aulas (ou até mesmo fazendo com que algumas disciplinas não sejam lecionadas, ainda que conste na grade curricular).  Além disso, nota-se que muitas das disciplinas optativas oferecidas na grade acabam não sendo lecionadas, pois os professores da casa não se dispõem a lecioná-las e a contratação de novos professores para isso é dificultada, como já citado anteriormente. Com relação ao déficit de docentes, nota-se que o quinto ano do curso sofre com a falta e sobrecarga de orientadores, prejudicando a realização do TFG.

Com relação às disciplinas projetuais, a falta de um segundo professor é recorrente. Porém, muitas vezes quando existem os dois professores, apenas um deles possui autonomia, fazendo com que o segundo professor pareça apenas assistente e não um docente, como deveria ser. 

Problemas relacionados à falta de transparência do departamento e dos professores
Sentimos a falta de comunicação com o departamento, tanto nas problemáticas internas dos cursos quanto nas decisões tomadas. Nota-se critérios de avaliação que muitas vezes parecem sem um programa de correção, levando ao desconhecimento do erro por parte dos alunos. Os critérios de correção muitas vezes não são claros para os alunos que acabam por ter notas muitos divergentes e mal explicadas. 

Apesar da existência da avaliação das disciplinas através do GRAL que além de não ser abrangente, em poucos casos os alunos veem o retorno por parte dos docentes com relação à solução dos problemas apontados lá.  

Em casos de disciplinas que são lecionadas em conjunto ou de uma disciplina com mais de um docente frequentemente a falta de dialogo entre os professores acarreta um desconhecimento do professor com relação aos outros conteúdos lecionados em outra disciplina. Além disso, geram avaliações divergentes, não relacionadas à opinião de cada docente, mas sim ao conteúdo dos trabalhos. 

Outros problemas levantados

Com relação à biblioteca, nota-se a necessidade de mais livros e revistas relacionados à área da arquitetura. Além disso, no caso dos periódicos o prazo de devolução é extremamente curto e passível de uma multa abusiva. 

Ainda, as viagens acadêmicas que são de fundamental importância para a complementação do ensino de Arquitetura e Urbanismo não são oferecidas pelo departamento, e quando são organizadas o mesmo não dá apoio financeiro e suporte suficientes. 

Outra problemática se dá em relação ao NAU, que deveria ser nosso EMAU – Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo. Segundo a Federação dos Estudantes de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (FeNEA), deveria ser aberto a todo e qualquer estudante matriculado no curso, não sendo necessário haver escolha entre alunos. Ainda, o EMAU deveria estar em constante contato com a sociedade, visto que é voltado para as pessoas que não têm acesso à contratação de um profissional arquiteto e urbanista. Além disso, não temos retorno e informações sobre os trabalhos que ocorrem nele.

Por fim:

Estamos cientes da sobrecarga e dificuldades enfrentadas por professores, funcionários, coordenador e chefe do departamento, por isso pedimos o apoio às reivindicações levantadas, para que possamos somar esforços para construirmos uma universidade mais democrática, com ensino humanizado e de qualidade. Além disso, para as questões menos burocráticas pedimos para marcarmos, estudantes e professores uma reunião, uma conversa, para solucionarmos os problemas levantados.

LICENCIATURA EM FÍSICA

PAUTAS DO CURSO:

Contratação de professores.

- Atraso no início das aulas de cálculo I, E.D.O., G.A., Didática e Química.

- Critérios para colocar professores mestrandos na sala de aula.

- Formação continuada.

Material para laboratório.

- Melhorar a infra estrutura dos laboratórios.

- Mais materiais.

Prédios.

- Esclarecimento quanto ao novo departamento.

- C.C. poucos experimentos, reforma do prédio ou um novo prédio para o departamento.
Grade do curso/Licenciatura e Bacharelado.

- Melhora do curso de licenciatura.

- Matéria: Metodologia da pesquisa científica.

- Introduzir o Bacharelado.

T.C.C..

- Organização de um evento interno para a apresentação dos trabalhos

ENGENHARIA AMBIENTAL

Após duas Assembleias Gerais do curso de Engenharia Ambiental, organizadas pelo Centro Acadêmico Mariana Braga, realizadas nos dias 06 e 07 de maio, no Anfiteatro I, foram levantadas as seguintes propostas de melhorias para o curso e para a universidade como um todo:

Melhoria nos serviços terceirizados para a universidade, como segurança e limpeza, promovendo uma avaliação feita pelos alunos; 

Transparência no Resultado da Avaliação dos Professores;

Contratação de professores especializados na área, assim, priorizando Engenheiros Ambientais; 

Melhoria na disponibilização de softwares como AutoCAD e Arcgiz; 

Maior frequência de aulas práticas; 

Transparência na compra de equipamentos para a graduação;

Criação de um departamento; 

LICENCIATURA EM QUÍMICA

Manutenção do Discente VI, incluindo melhoria em sua iluminação, melhoria em sua segurança, e isolamento acústico das aulas da Pedagogia que ocorrem no Discente V (por conta do uso de recursos sonoros);

Cumprimento do horário de aula adequadamente por parte dos Professores, evitando-se faltas sem aviso prévio;

Fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para uso nos laboratórios, tais como luvas, óculos de proteção, jalecos de algodão;

Manutenção dos equipamentos de segurança nos laboratórios, tais como exaustores, capelas e chuveiros;

Contratação imediata de Professores específicos na área de Educação em Química;

Nenhum tipo de perseguição a alunos por parte de professores, incluindo àqueles que aderiram à paralisação no dia 07 de Maio;

Maior disponibilidade de disciplinas optativas em horário fora do período noturno, para evitar choques entre disciplinas, e cumprimento de pré requisitos quando estes existirem, no caso de disciplinas de outros cursos;

Visitas a diversos ambientes escolares, tais como comunidades indígenas e assentamentos, existentes em nossa região, além de saídas de campo para mineralogia e indústria;
Não acúmulo de cargos para professores;

Oferecimento da disciplina de Estágio I no período da tarde;

Compra de livros de História da Química e de Educação em Química

MATEMÁTICA

Dentre os alunos presentes nesta reunião (13/05) os seguintes pontos foram ressaltados:

Estruturação do curso como LICENCIATURA: Cumprimento de horas práticas das disciplinas; 
Defasagem do corpo docente: *Falta de professores. Nota-se a falta de professores nas disciplinas História e Filosofia da Matemática, Estágio Curricular Supervisionado I, Probabilidade e Estatística, Fundamentos da Matemática Elementar e Física I. 

*Na presente data, os professores responsáveis pelas disciplinas já estão ministrando as mesmas com atraso; 

Defasagem da estrutura para o curso: Salas e laboratórios sucateados; 

Criação de um Centro Acadêmico no curso.

GEOGRAFIA

Reunião realizada entre os alunos da Geografia em 07.05.2013 trouxe as seguintes reivindicações:

Contratação de docentes concursados RDIDP;; 

Melhoria na grade curricular de Licenciatura e Bacharelado. 

Realização de eventos culturais no campus; 

Trabalho de campo: custeio das diárias para professores e alunos; aumento na verba destinada para o trabalho de campo; 

Ampliação de opções de disciplinas optativas na grade curricular de outros cursos, e horários mais flexíveis.

Grade Curricular: História/Geografia da África, Filosofia aplicada à Geografia e ensino de libras e acessibilidade.

Núcleo Morumbi: Infraestrutura, segurança, transporte e terceirização.

Melhoria dos laboratórios de Geografia, estação Meteorológica, Laboratório de geologia, laboratório de solos; contratação “concursada” de técnicos especializados.

Pós:

Estrutura para internacionalização dos programas da pós.

ESTATÍSTICA

No dia 7 de Maio de 2013, o curso de Estatística da FCT-UNESP, campus Presidente Prudente, se reuniu das oito horas e trinta minutos até às dez horas e trinta minutos, em ato da Paralisação Estudantil, para discutir os problemas do curso e gerais do campus referido, com a quantidade de 22 alunos. 

PAUTAS DO CURSO:

Falta de professores: 

A sobrecarga dos mesmos está tornando as aulas pouco produtivas, além do número restrito dos mesmos dificultando o número de linhas de pesquisas disponíveis para os alunos escolherem tanto para Iniciação Científica como para os Trabalhos de Conclusão de Curso. Uma solução apontada foi a redistribuição das aulas para cada professor e o aumento da quantidade dos mesmos para que solucione o problema.

Estrutura física do curso:

Os Laboratórios estão defasados tanto em estrutura física como em softwares, além de ser impossibilitado de acessar todo o conteúdo dos softwares devido às restrições de downloads; falta de salas de aula para o curso e salas com estrutura física adequada para uma boa aula, como melhoria dos ventiladores e possível instalação de ar condicionado.
Estágios:

Demasiada burocracia para que os estágios sejam aprovados, além da enorme dificuldade em conseguir estágios na cidade.

Bolsas de permanência:
Além de aumentar a demanda e o tempo a serem oferecidas aos alunos, é necessário melhorar a seleção e distribuição das mesmas para os alunos que realmente necessitam delas.

Segurança do campus:
O curso de Estatística sugere um maior número de vigilantes durante todos os horários de funcionamento do campus, guaritas fixas em todas as vias de entrada e saída, principalmente na saída próxima ao Discente VI, e também, melhoria da iluminação do campus.

Com este documento oficializamos as reivindicações dos estudantes do campus e exigimos posicionamento quanto à todos os tópicos.

Atenciosamente,

Diretório Acadêmico “3 de maio”; Comissão de Paralisação; Centros Acadêmicos; Discentes do campus FCT-Unesp Presidente Prudente.

Presidente Prudente, 16 de maio de 2013.

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