quinta-feira, 25 de julho de 2013

NEGOCIAÇÕES NÃO AVANÇAM! REItoria TENTA SE ESCONDER NO VERNIZ DA DEMOCRACIA!

Após nossa segunda ocupação da REItoria, no dia 16 de Julho, reintegração de posse e desocupação do prédio com a ajuda da TROPA DE CHOQUE na madrugada do dia 17, a REItoria da UNESP convocou nova reunião para análise dos últimos acontecimentos, no dia 22/07/2013. Nesta reunião estavam presentes a vice-REItora em exercício da REItoria Marilza Vieira Rudge, o chefe de gabinete da REItoria Roberval Daiton Vieira, uma professora, quatro funcionários de confiança e dez representantes discentes do DCE da UNESP-FATEC.

Nesta reunião tínhamos como assunto principal o pedido de reintegração de posse. Os alunos denunciaram a posição intransigente da REItoria ao iniciar este processo, sendo que queríamos uma negociação que realmente trouxesse soluções para nossas necessidades, uma vez que nem o mínimo nos foi concedido. Em resposta recebemos, primeiramente, um major da PM para negociar com os estudantes e, posteriormente, a Tropa de Choque para retirar-nos de lá de forma truculenta, comprometendo todo o prédio da REItoria com a desculpa de prezar pelo patrimônio público, “público” que não nos permite ocupar aquele espaço!

A vice-REItora demonstrou claramente sua preocupação: preservar a “imagem” da universidade, ignorando o caos e a crise que já existem na mesma, onde os estudantes não têm condições mínimas para permanecerem nesta tão renomada universidade.

Mediante a isto, os estudantes apresentaram uma lista com itens que entendemos ser o mínimo para amortizar a crise em nossa universidade. O primeiro deles foi o Fim dos processos e sindicâncias, a qual pedimos para que a REItoria não levasse adiante as 113 qualificações feitas no 2º DP no Bom Retiro. A vice-reitora colocou que ficaríamos em “observação”, sendo que se nos “comportássemos” retiraria o processos e, posteriormente, afirmou que assim que saíssemos de greve a mesma retiraria as queixas. Deixando clara a “chantagem” para acabarmos com a GREVE, um dos nossos instrumentos de LUTA legítimo! Quanto às sindicâncias a vice-reitoria afirmou que será chamada uma reunião com diretores e vice-diretores para tratar sobre as sindicâncias de Franca e Araraquara, reunião esta que havia sido acordada na primeira ocupação e que seria realizada até o dia 15 de julho, como vemos NÃO OCORREU.

Pedimos também por Casas de Aluguel, Visto que somente 13 dos 25 campi de nossa universidade possui moradia universitária e muitas dessas moradias encontram-se superlotadas. O aluguel de casas pela universidade é apenas uma medida paliativa, enquanto as moradias universitárias não são construídas, visto que há uma emergência em solucionar este problema, especialmente nas unidades de São Vicente e Ourinhos que são unidades experimentais sem condições estruturais mínimas de permanência estudantil.

Nossos outros pontos eram um pedido de reunião com diretores, vice-diretores, a reitoria e representantes discentes (para que possamos identificar com quem poderemos resolver a crise que se alastra por nossa universidade), bolsas de extensão BAAE II com duração de 12 meses (visto que temos alunos que trabalharam por 12 meses e receberam somente 9),pagamento do 10º mês retroativo para todos os bolsistas (pois a REItoria acordou em pagar somente para os estudantes socioeconomicamente carentes e não para todos que trabalharam em seus projetos), reconhecimento de nosso DCE e representantes discentes nos órgãos colegiados, Acessibilidade para Deficientes Físicos e Valorização dos Cursinhos pré-Universitários. 

Esta é uma lista mínima de reinvindicações mediante da crise que passa nossa universidade e a REItoria manteve uma tradição desta instituição: transferir responsabilidades, postergar negociação, não resolver o problema, ou seja, as mesmas repetições FALACIOSAS e BUROCRATAS. Por detrás de seu invólucro democrata, a REItoria continua ignorando os problemas claros que esta instituição de ensino público tem, deixando claro seu posicionamento de uma UNIVERSIDADE PARA POUCOS.

Ao fim de nossa reunião, foi pedido à vice-reitora que assinasse um documento que demonstraria o comprometimento da REItoria com os acordos, porém a mesma negou-se a assinar os acordos e, posteriormente, soltou uma nota oficial modificando totalmente o caráter de nossa negociação e se escondendo atrás de sua postura “democrática”. A reitoria, quando em nota sobre esta nossa reunião fala de sua ansiedade pelo “término das negociações”. Nada além do esperado de uma REItoria que pouco se preocupa com a precária situação de nossa universidade, sendo sua prioridade manter uma imagem distorcida da realidade de nossa educação.

O movimento estudantil da UNESP deixa claro que NÃO ESQUECEMOS e NUNCA PERDOAREMOS a repressão com a qual esta universidade trata seus estudantes, seja colocando demérito em nossa capacidade, seja em sua estrutura de poder excludente, seja quando chama a polícia para negociar nossa pauta legítima de reivindicações. Que cada estudante que se opõe a esse modelo de universidade excludente deixe explícito que a luta é histórica e, por isso, extensa. 

Por fim, não é a incapacidade de poder implementar ou executar as pautas que tem retardado o “término das negociações”, mas sim a FALTA DE VONTADE POLÍTICA POR UMA EDUCAÇÃO PÚBLICA DE QUALIDADE E A SERVIÇO DO POVO.


PEDIMOS EDUCAÇÃO, MAS SÓ VEIO A REPRESSAO!!!
FORA DURIGAN, FORA MARILZA!!!



A Luta Continua!!!

DCE- Helenira Resende 
25 de julho de 2013.


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