segunda-feira, 22 de julho de 2013

PM ENTRA NO CAMPUS, REPRIME, PERSEGUE E COAGE ESTUDANTES POR FALSA DENÚNCIA E HONRA FERIDA!!!

          Na ininterrupta luta por um novo projeto de Universidade, por permanência estudantil, contra o PIMESP e paridade na estrutura de poder, os estudantes da UNESP, no dia 18 de julho de 2013, realizaram um ato contra a repressão em frente da REItoria desta Universidade. Após um ato que durou cerca de 2 horas, com mais de 40 policiais militares na frente do prédio.

       Chegando ao Instituto de Artes da UNESP, na Barra Funda, os estudantes foram surpreendidos por dez viaturas policias, sendo, ao menos, quatro viaturas da força tática! Eles fecharam todas as entradas/saídas do campus, em que somente alguns funcionários estavam autorizados a sair do local. TODOS, estudantes, funcionários e professores foram vítimas do cárcere privado da polícia militar e tudo isso por uma denúncia COMPLETAMENTE infundada. Os oficiais encarregados disseram ter recebido denúncia de invasão por 100 indivíduos do prédio pela direção do Instituto de Física Teórica e que havia risco de depredação do patrimônio. Após tomar ciência dos fatos, a vice-diretora do Instituto de Artes da UNESP explicou que se tratava de um mal entendido.

          Contudo, o comandante da operação alegou que um/a estudante havia ofendido sua equipe e que não deixaria o campus até que ele/a se identificasse e fizesse uma retratação: uma clara tentativa de humilhar essa pessoa e o Movimento Estudantil (M.E.) da UNESP, lembrando que a mesma estaria sujeita a todas as situações humilhantes possíveis.

       É importante ressaltar que o/a estudante proferiu palavras de ordem contra esta instituição repressora do governo, assim como todas as demais palavras de ordem que havíamos proferidos durante o ato na REItoria. O comandante da operação recebeu tais informações de protesto e o/a AMEAÇOU e o/a INTIMIDOU, alegando que a pessoa responderia por desacato à autoridade e apontando uma arma de fogo em sua direção. É vital salientar que a CONIVÊNCIA e a INDIFERENÇA da direção local foram determinantes para tamanha barbaridade.

         A defensoria pública já havia sido contatada pelos estudantes e um advogado já os assista por telefone. Com TRUCULÊNCIA e AGRESSIVIDADE, o comandante da operação colocou “seus homens” alinhados na porta da instituição, bradando que iria entrar em cinco minutos caso ela não se desculpasse pessoalmente. Depois de muita negociação decidiu ignorar a vice-diretora, os estudantes e servidores técnico-administrativos e INVADIU o prédio do Instituto de Artes da UNESP, mais uma vez caracterizando sua postura completamente intransigente.

           Após a entrada, eles vasculharam algumas portas e se dirigiram ao saguão do instituto, onde os estudantes estavam sentados e quietos. Como somos um coletivo coeso e coerente, jamais entregaríamos uma/um companheira/o de luta à ferramenta repressora do Estado. Sentados, todos juntos, aguardamos por todos aqueles homens armados com armas e ódio. Após uma fala que enaltecia a força da polícia e do Estado, procurou no grupo o/a culpado/a por ferir sua honra e seu poder perante sua equipe. O clima no local era de extrema transgressão e de interditos políticos: enquanto os/as estudantes sentados/as no saguão se calavam por este Estado, outros/as estudantes e manifestantes proferiam palavras de ordem atrás dos portões da universidade contra a repressão e o papel da polícia. Impossibilitado de reconhecer o/a estudante, o comandante da operação, para não sair completamente desmoralizado, disse considerar o silêncio um pedido de desculpas, demonstrando que queria SIM identificar e criminalizar essa pessoa e o M.E. da UNESP.

            A polícia militar, CLARAMENTE, está procurando as mínimas razões para criminalizar o M.E. da UNESP. Para isso, utiliza de toda sua intransigência, truculência e desrespeito com a autonomia universitária. Essa postura foi INACEITÁVEL por parte da PM, mas mesmo assim, conseguimos proteger nossos companheiros, e nos mantemos vivos na luta. A administração do Instituto também tem responsabilidade nisso tudo! Essa invasão foi SEM precedentes dentro do prédio do Instituto de Artes da UNESP. Não deixaremos que isso se repita e devemos encontrar quem foi a pessoa que chamou a força policial dentro do Instituto.

          O M.E. da UNESP tem se demonstrado exemplar enquanto unidade de luta, já com algumas conquistas. Não nos calarão, continuamos a luta com toda a força que dispomos e lutaremos contra os TODOS os processos que a REItoria possivelmente abrirá.


NÃO ACEITAMOS ORDENS DA PM! FORA PM DO MUNDO!
A LUTA POR EDUCAÇÃO PÚBLICA, GRATUITA E DE QUALIDADE PARA TODOS NÃO É CASO DE POLÍCIA!
REPUDIAMOS ESSA ATITUDE FASCISTA DE REPRESSÃO AOS ESTUDANTES EM LUTA DA UNESP, POR PARTE DA POLÍCIA MILITAR E ESTADO DE SÃO PAULO!!
EXIGIMOS LIBERDADE E REPEITO!!

A LUTA CONTINUA!

DCE- Helenira Resende

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